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Educação de Curitiba atende mais de 4 mil crianças e estudantes com Transtorno do Espectro Autista

17/06/2024
autismo

Nesta terça-feira (18), Dia do Orgulho Autista, 4,1 mil crianças e estudantes da rede municipal de ensino de Curitiba com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm resultados para comemorar na inclusão. O número de atendindos na rede cresce desde 2017 com a oferta de escolas e classes especiais, salas de recursos multifuncionais e de aprendizagem, Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado (CMAEEs) nas dez regionais, o Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), além de transporte especial, formações continuadas para os professores e ações pedagógicas específicas.

São 15 modalidades de atendimento oferecidas a estudantes em processo de inclusão, o que inclui crianças com TEA, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, síndrome de Down, comprometimento motor, Transtornos Funcionais Específicos, entre outros, além do atendimento hospitalar.

Há cerca de 11 mil beneficiados com algum tipo de atendimento especializado na rede pública municipal. O número dobrou desde o início da atual gestão.

Em relação ao público com autismo, foi criado, em 2019, o pioneiro Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), que tem uma média de 520 atendimentos por mês. São 4,1 mil estudantes com autismo matriculados hoje na rede municipal.

O centro é mais um equipamento à disposição da comunidade, pois o atendimento desse público também é feito dentro das salas de recursos das escolas e dos CMAEEs em todas as dez regionais da cidade.

Os atendimentos especializados são feitos no turno contrário ao da escolarização dos estudantes. A necessidade e a prioridade de atendimento são avaliadas por parte da equipe técnica e está incluso um importante trabalho com as famílias, por meio da Escola de Pais.

Inspiração

Já vieram conhecer o trabalho do Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado comitivas com representantes de Santa Catarina, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e diversas cidades paranaenses, como Cascavel e Palotina, além de outros países, como Honduras e Finlândia.

Escola de Pais

As famílias dos estudantes são atendidas pela Escola de Pais, que tem como missão ajudar os pais dessas crianças a se cuidarem e assim poderem atender com mais tranquilidade o desenvolvimento dos filhos, além de esclarecer dúvidas e fornecer orientações.

Transporte gratuito

A Prefeitura de Curitiba garante ainda o transporte dos estudantes da educação especial, tanto dos matriculados em escolas públicas quanto nas particulares dentro do limite urbano. Os ônibus são adaptados, com cintos de três ou cinco pontos, plataforma elevatória para acessibilidade e espaço para as cadeiras de rodas, além do acompanhamento de atendentes que recebem formação específica para atuação dentro dos ônibus.

Quem mora em Curitiba, tem renda até três salários mínimos e o filho está matriculado em escola especial, deve procurar o Sistema de Transporte para a Educação Especial (Sites), administrado pela Secretaria Municipal da Educação.

Para ter acesso ao Sites, a criança precisa apresentar dependência e deficiência (física, mental, intelectual ou sensorial) de longo prazo, comprovadas por meio de avaliação prévia e laudo de profissional especializado.

Os ônibus têm rotas preestabelecidas e horários definidos. Motoristas e atendentes do sistema passam por formação específica para garantir a segurança de todos.

Laboratório de Inclusão

Outra iniciativa inédita foi a entrega, em maio deste ano, do Laboratório de Inclusão, localizado no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (CMAEE) Maria Julieta Alves Malty, no Portão.

No novo equipamento, desenvolvido com uma proposta inédita pela Secretaria Municipal da Educação, os profissionais da rede municipal de ensino recebem, de forma prática, orientações na elaboração de atividades, estratégias, recursos e materiais adequados à aprendizagem dos estudantes público-alvo da inclusão. Esses estudantes são atendidos nas escolas, CMAEEs nas dez regionais ou escolas especiais da cidade.

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