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25/04/2024



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Para comemorar o aniversário de Curitiba: Carne de Onça

 Para comemorar o aniversário de Curitiba: Carne de Onça

No aniversário de Curitiba não poderíamos ficar de fora das comemorações com uma receita típica da cidade. Mas a dúvida era: qual receita escolher entre tantas tão emblemáticas e significativas? Ao pesquisar sobre a gastronomia da nossa cidade, o que fica muito claro são as várias influências dos imigrantes na gastronomia local. E esta é uma verdade absoluta: nossa cultura é bastante influenciada pela diversidade de povos que forma Curitiba. Então, em homenagem a esse amálgama de cores, gostos e sabores, escolhi a Carne de Onça.

 

Patrimônio cultural da cidade desde 2016, a Carne de Onça é a queridinha da maioria dos curitibanos e representa uma mistura de gastronomias de diversos países: dependendo de como é preparada, pode lembrar três outras receitas originárias da Europa e Oriente Médio: o Hackepeter alemão, o Steak Tartare francês ou o Quibe Cru libanês ou sírio.

 

Existem diversas versões sobre a origem do prato. Uma das histórias diz que, na década de quarenta, havia em Curitiba um time de futebol chamado Britânia. Seu presidente, na época, chamava-se Cristiano Schmidt, que tinha um bar localizado na Marechal Deodoro, esquina com a XV de Novembro, chamado “Toca do Tatu”. O Britânia foi campeão paranaense por sete vezes e, para comemorar, Schimidt servia ao time carne crua sobre fatias de broa, compradas na panificadora de um alemão que ficava próxima ao bar, colocando por cima da carne cebola branca e cebolinha verde bem picadinhas. Finalizava temperando com sal e azeite de oliva e servia com chopp para os jogadores. Conta a versão popular dessa história que um belo dia o Duia, que era o goleiro, reclamou: “Poxa, Schimidt, você só serve essa carne aí, que nem onça come”. E aí surgiu a “carne de onça”. A partir deste dia, os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir a carne que, segundo o Duia, “nem onça comia”, e Schimidt teve que colocar no cardápio. Logo outros bares da cidade também passaram a servir e, a partir da década de 1950, o prato se popularizou.

 

Já a segunda história quem contava era o jornalista João José Werzbitzki, o saudoso “JJ”. Dizia ele que seu pai, dono do Restaurante Embaixador, preparava a Carne de Onça do jeito que conhecemos desde os anos 50. Ele contava que não sabia ao certo como o nome havia surgido, mas que o prato ficou conhecido assim por causa do “bafo de onça” que a carne crua, cebola e temperos deixavam no hálito de quem comia.

 

Fato é que em 2016, a carne de onça se tornou um Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Curitiba, já que ela nasceu e se popularizou na cidade. E para comemorar o aniversário da cidade, que tal preparar uma carne de onça em casa? Ela é uma ótima opção de petisco para comer com os amigos e tem preparo fácil e rápido. Uma dica importante é comprar uma carne bem fresca, pouco tempo antes de preparar.

 

Receita de Carne de Onça

• Ingredientes

– 500 g de carne moída magra de primeira (patinho ou alcatra)

– 1 maço de cebolinha verde picada

– 1 cebola branca picada

– 2 dentes de alho triturados

– 1 colher de chá de páprica doce

– 50 ml (1 dose) de cachaça

– 100 ml de azeite de oliva

– Sal e pimenta do reino ou calabresa a gosto

– 6 fatias de pão preto (broa)

– Mostarda escura a gosto

– Sal a gosto

 

• Modo de Preparo

Numa tigela acrescente a carne, o sal, alho, páprica, a cebola e a cachaça. Misture bem e regue com o azeite de oliva. Disponha a carne moída generosamente sobre cada fatia de broa, cubra com a cebolinha verde e regue com azeite de oliva e mostarda escura a gosto. Uma cerveja ou chopp bem gelado é o acompanhamento ideal.

 

Dica: deixe para temperar a carne na hora de servir.

 

Leia outras colunas da Gabriela Barreto aqui.

3 Comments

  • Super interessante a história da carne de onça! Vou tentar fazer a receita que parece ser fácil!

  • Gosto muito de carne de onça. Pouco conhecia da história. Reportagem muito interessante.

  • Gosto muito da Carne de onça e pouco conhecia nossa história. Excelente reportagem.

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