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18/04/2024



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Mude sua comunicação e recupere seu relacionamento

 Mude sua comunicação e recupere seu relacionamento

Amanda estudou em colégio particular durante todo o colegial e foi muito mimada pelos avós. Por ser uma garota tímida, com frequência as pessoas de sua família insistiam para que ela pedisse as coisas e diversas vezes faziam tarefas por ela, pois, diziam que determinada coisa “poderia ser difícil para Amanda fazer”. Esse comportamento foi reforçado e atualmente Amanda espera que as pessoas falem e façam o que é sua obrigação. Pedro foi um garoto rebelde, expulso de dois colégios e começou a trabalhar desde muito cedo. Irmão mais velho de 3, enfrentou dificuldades na vida desde muito jovem e em pouco tempo já havia conquistado a liderança na empresa onde trabalhava. Pedro era estratégico e esperto, logo as pessoas costumavam pedir ajuda a ele para resolver os problemas. Esse reforço transformou Pedro em um homem que não aceita ajuda, apenas ampara os outros. Amanda e Pedro são casados e têm dificuldades em se comunicar. Vieram de famílias que se comportam distintamente e viveram experiências completamente diferentes. A percepção que cada um tem sobre a vida e a maneira de lidar com as situações geram conflitos no momento em que eles deixam de sinalizar aquilo que é óbvio para os dois.

 

A comunicação dentro de qualquer relação, é um processo de interação no qual compartilhamos mensagens, sentimentos e emoções, influenciando o comportamento das pessoas que, por sua vez, reagirão a partir de suas crenças, valores, história de vida e cultura. No caso de Amanda e Pedro, ambos podem enxergar a comunicação como um problema ou um desafio. Quando se encara como um problema, há a tendência de encontrar um culpado, se eximindo da responsabilidade e, muitas vezes, se colocando na posição de vítima. Já quando é encarada como desafio, assume-se a responsabilidade pelos atos na forma como se conduz um diálogo, utilizando as falhas como aprendizado diário.

 

Considerando que a capacidade de ouvir e compreender o outro inclui a fala, expressões, manifestações corporais e concessões, para que o diálogo chegue a um local satisfatório, é preciso ser claro sobre os desejos. A ideia de que “algo está subentendido” pode gerar uma interpretação equivocada, transformando-se em uma comunicação agressiva ou passiva. Evitar a conversa com a falsa ideia de que assim, estará evitando um conflito, gera desgaste por consequência. A utilização do silêncio ao se comunicar abre espaço para ilusões e pensamentos errôneos, então, se houver dificuldade em se comunicar em um momento específico, sinalizar que existe uma dificuldade e que há a necessidade de um tempo para se restabelecer antes de seguir com o diálogo, é uma excelente estratégia. Comunicação é treino, e ninguém nasce sabendo disso.


Referências:
Benatti & Becker. Comunicação assertiva: O que você precisa saber para melhorar suas relações pessoais e profissionais. Literare Books International, 11 mar 2021.

Moller, Felipe. O óbvio que você deixa passar: A resposta que sempre buscou pode estar mais perto do que imagina. Editora Gente, 10 out 2020.

Silva, L. M. G. da., Brasil, V. V., Guimarães, H. C. Q. C. P., Savonitti, B. H. R. de A., & Silva, M. J. P. da .. (2000). Comunicação não-verbal: reflexões acerca da linguagem corporal. Revista Latino-americana De Enfermagem, 8(Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2000 8(4)). Disponível aqui. Acesso em 14 fev 2023.


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