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25/04/2024



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Coroação do Rei Charles e a nobreza de Curitiba

 Coroação do Rei Charles e a nobreza de Curitiba

Neste sábado (6) o Rei Charles será coroado ao lado da Rainha Consorte.

 

“Com ou sem sorte” porque queria ver a Princesa Diana se tornando a rainha. Mas quis o destino assim.

 

A princesa Diana vivia um casamento infeliz com o Príncipe Charles. Resultado: o divórcio.

 

E numa manhã de domingo o mundo acordou com a notícia do trágico acidente e morte da Princesa Diana. Era o ano de 1997.

 

Sabe aqueles momentos em que recebemos uma notícia e o impacto faz com que o tempo congele? Foi assim.

 

Como na morte de Ayrton Senna, na ocasião do próprio casamento de Charles com Diana, na Chegada do Homem à Lua…

 

E esse momento congelado permaneceu na memória e agora reascende com força.

 

Curitiba não teve reis e rainhas.

 

Mas o Brasil teve dois imperadores, o que na prática é quase a mesma coisa que reis.

 

Esses imperadores distribuíram títulos de nobreza à muitas pessoas por mérito e o Paraná teve filhos ilustres contemplados.

 

Curitiba teve também uma nobreza. E essa nobreza teve origem com a erva mate.

 

A erva mate daqui fez viscondes e barões, criando a pequena aristocracia curitibana, a exemplo do que ocorreu com o café em São Paulo, com a cana-de-açúcar no Nordeste, com o cacau na Bahia e com a borracha em Belém e Manaus.

 

Os “barões da erva-mate” construíram palácios e palacetes e viajavam muito à Europa trazendo de lá ideias para construir e mobiliar suas casas.

 

O interior das construções utilizava materiais de acabamento e móveis da melhor qualidade, em sua maioria vindos da Europa.

 

Os primeiros bairros de Curitiba nasceram exatamente onde foram morar os donos das ervateiras do Paraná.

 

O Alto da Glória, principalmente na atual Avenida João Gualberto, é o endereço onde habitam até os dias de hoje o clã de Agostinho Ermelino de Leão Junior.

 

VILA ODETTE ainda é residência de membros da família Leão e a PRINCESA NINA (Odette Leão) ainda vive lá.

 

Villa Odette

 

Na mesma rua também viveu o fundador da Mate Real, Francisco Fasce Fontana, na residência que ficou conhecida como Mansão das Rosas.

 

O Alto da Glória era o local preferido para moradia dos ervateiros justamente por estar na saída para a Estrada da Graciosa, trajeto usado para levar a erva-mate, em lombos de burro e carroções até Paranaguá. Isso antes da construção da estrada de ferro.

 

 

Outro bairro que nasceu da erva mate foi o Batel, primeiro ponto de parada em Curitiba das mulas carregadas que vinham do interior do estado trazendo o mate para ser beneficiado nos engenhos da capital.

 

As ruas onde foram construídas as residências são as atuais Avenida Batel e Rua Comendador Araújo.

 

Alguns desses proprietários ergueram os casarões ao lado dos próprios engenhos.

 

O único dono de engenho que construiu um grande palacete longe do engenho foi o Barão do Serro Azul – Ildefonso Pereira Correia.

 

O engenho Tibagy que era dele ficava ao lado de onde hoje é a Pracinha do Batel e a sua casa foi erguida bem distante – na Rua Carlos Cavalcanti.

 

Vida longa à nossa PRINCESA NINA que aos 84 anos, mantém um palácio em pé, conservado e em funcionamento às próprias custas e nós, curitibanos, podemos encher os olhos com esta construção que causa admiração, impressiona, traz nostalgia e veracidade aos fatos históricos ocorridos em Curitiba.

Nina é trineta do Visconde de Nacar, sobrinha bisneta do Barão do Serro Azul, bisneta do Desembargador e Comendador Ermelino de Leão e neta de Agostinho Ermelino de Leão Junior, o fundador do Mate Leão.

 

Leia outras colunas da Karin Romanó aqui.

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