O Petit pavê de Curitiba não é de comê, é pra se vê;
Cada rua tem seu desenho, que é como um RG;
Que tal, juntos percorrer?
Na João Negrão – araucárias e pinhas a valer;
Nos Correios: vejo pombos-correio, escolha acertada;
No Teatro Guaira – curvas de pedrinhas sugerem que as bailarinas sairão dançando pelas calçadas, na ponta dos pés;
Na praça em frente, o padrão da rosácea de pinhão se repete ao longo da XV de Novembro e todas juntas parecem dizer: “Somos pinhas, sempre pinhas, pelas calçadas daqui e por onde for, somos pinhas sempre pinhas”
Na Barão do Rio Branco, essas pedrinhas que parecem falar, homenageiam a arte indígena;
Da Praça Generoso Marques até à Praça Tiradentes, a geometria predomina;
Na Monsenhor Celso repete-se o padrão geométrico;
Na Marechal Floriano – alguns dizem que são linhas paralelas – enxergo pautas de uma partitura que me conduzem à Praça Carlos Gomes;
E de longe ouço os acordes suaves das liras;
Ao me aproximar, não consigo pisá-las;
Podem desafinar.
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