“Em 1971 ser miss era muito bom. Aproveitei muito. Fui recebida com festa em Ibaiti. Foi um tempo delicioso. Hoje , acho que os concursos não são tão divinos. Os tempos mudaram.”
Marise Meyer Costa foi a mais linda miss que já vi.
Era de Ibaiti e quando visitava as sobrinhas que moravam no meu prédio, era um acontecimento.
Eu e vizinhos nos posicionávamos da melhor forma no caminho que ela teria que percorrer ao sair, na esperança de que nossos olhares cruzassem com os dela. Ao passar, sempre respondia com um sorriso.
Naquele tempo não havia silicone, botox, preenchimentos, lipoaspiração, megahair. Tudo era natural.
Lembro tão bem dessa capa da revista Cruzeiro. A gente ficou com muito orgulho dela ter sido classificada mas achávamos que deveria ter vencido. Tínhamos ficado até tarde da noite assistindo e torcendo por ela.
Vô Dante pedia para o filho Ruy trazer semanalmente as revistas Manchete e Cruzeiro que eram compradas na Banca Ponto Chic, da Galeria Lustosa.
Mas voltando à nossa miss, os anos se passaram, Marise casou, teve os filhos.
“Minha filha nasceu na noite de Natal.”
Durante cinco anos morou no Iraque. O marido engenheiro trabalhou na construção da Estrada Bagda- Acba, na Jordânia.
“Tenho três filhos e cinco netos. Eles são as minhas alegrias!”
Com tranquilidade e muita sabedoria afirma: “O tempo passou no meu espelho. Fui muito feliz e agradeço a vida que tive.”
Suas palavras ecoam como uma canção suave, repleta de memórias e gratidão, refletindo a beleza de uma vida bem vivida.
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