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24/04/2024



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Indicada ao Globo de Ouro 2023, “Wandinha” é tudo isso mesmo?

 Indicada ao Globo de Ouro 2023, “Wandinha” é tudo isso mesmo?

Preenchendo os corações saudosistas daqueles que cresceram assistindo A Família Addams e, ao mesmo tempo, chegando para impactar e dialogar com os jovens, a série produzida pela Netflix “Wandinha” surgiu quebrando recordes e agradando.

Criada por Alfred Gough e Miles Millar e comandada por Tim Burton, diretor dos clássicos, Edward Mãos de Tesoura (1990) e Os Fantasmas se Divertem (1988), a série se propõe a falar da personagem Wandinha da Família Addams. Em pouco tempo se tornou a 3ª série mais popular do streaming, quebrando recorde de audiência de Stranger Things 4 durante a primeira semana de lançamento.

E, não só isso, no dia 12 deste mês a lista de indicados do Globo do Ouro foi divulgada e adivinhem: Wandinha indicada na categoria “Melhor Musicais ou Séries de Comédia”, assim como Jenna Ortega na categoria de “Melhor Atriz em Série de TV – Comédia/Musical”.

Mas, afinal, a série é tão boa assim? Ou é somente um produto comercial repleto de clichês?

Derivada da famosa franquia que surgiu lá atrás, em 1938 em tirinhas de jornal, “ A Família Addams” rapidamente consagrou-se amada por seu humor mórbido e sarcástico, além de trazer uma família que foge absolutamente da ideia de uma família aos moldes tradicionais.

Estrelada por Jenna Ortega, Wandinha começa absurdamente bem. E, ainda que rapidamente enfraqueça ao usar subterfúgios que vemos em tantas séries adolescentes de suspense, não podemos deixar de destacar que se tem algo bom ao longo dos oito capítulos e que basicamente leva a série nas “costas” é Jenna Ortega e sua atuação. Um verdadeiro espetáculo!

E do que se trata a série? Começamos o primeiro episódio com a personagem principal sendo expulsa de seu antigo colégio por fazer uma travessura com os colegas (jogar piranhas na piscina com pessoas dentro). De cara já vemos bem as características fundamentais da personagem: sadismo, personalidade gótica, gosto por coisas macabras e por aí vai.

Pois bem, feito isso, ela é transferida para escola ‘Nunca Mais’, onde sua mãe mãe (Catherine Zeta-Jones) e seu pai (Luis Guzmán) estudaram na juventude. Trata-se basicamente de um internato para jovens com poderes e bizarrices, conhecidos como “excluídos”. No decorrer dos episódios mistérios surgem, assim como o amadurecimento da própria personagem que precisa se conectar com a mãe e com os amigos que fará no percurso.

Dita a narrativa, ainda que a série seja um excelente entretenimento, algo que incomoda em Wandinha é o roteiro previsível, afinal, como não adivinhar nos primeiros capítulos o desfecho de toda a história? Assim como as mudanças repentinas de relações e personalidades. Parece que faltaram episódios para tornar a coisa sólida de fato. Mas o que falta para o roteiro, sobra para o visual que inclui direção de arte, design de produção e fotografia que juntos compõem uma estética primorosa.

Mas, se ela se tornou esse fenômeno por que esses apontamentos?

Oras bolas, é altamente recomendável assistir para se distrair, afinal, a série é ótima e divertida para o que se propõe.

Mas, indicada ao Globo de Ouro em meio a tantas excelentes produções que vemos por aí?

Um pouco demais. Bom, mas faz tempo que a premiação perdeu a credibilidade por atitudes como essa, focar no público jovem e moderno e esquecer a qualidade do cinema.

E aí, concorda?

 

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