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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Estados Unidos entram em guerra com o Irã e atacam três instalações nucleares

21/06/2025
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O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos atacaram Fordo, as instalações nucleares fortemente fortificadas do Irã, bem como dois outros locais.

“Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares do Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan”, escreveu em sua rede social, Truth Social. “Uma carga completa de bombas foi lançada sobre a principal instalação, Fordo.”

Os três locais que Trump disse terem sido atingidos na noite deste sábado (21), incluíam os dois principais centros de enriquecimento de urânio do Irã — a instalação subterrânea de Fordow e a usina de enriquecimento maior em Natanz, que Israel atacou há alguns dias com armas menores.

O terceiro local, perto da cidade antiga de Isfahan, é onde se acredita que o Irã guarda seu urânio enriquecido próximo ao grau de bomba, que os inspetores viram há apenas duas semanas. Se essas áreas fossem destruídas, o programa iraniano sofreria um atraso de anos, a menos que ainda não tenha instalações paralelas detectadas.

Embora os ataques a Fordow e Natanz fossem esperados, Isfahan era, na verdade, o alvo mais complexo e menos discutido. Laboratórios locais trabalhavam na conversão de urânio na forma necessária para a produção de uma arma. E a maior parte do combustível próximo ao grau de bomba, enriquecido a 60%, estava em barris especiais, bem no fundo de um dos muitos laboratórios e locais de armazenamento.

Suas localizações eram conhecidas por inspetores internacionais, pelo menos até algumas semanas atrás. Não estava claro se o Irã havia transportado esses suprimentos, como algumas autoridades iranianas sugeriram, nos últimos dias.

Mais cedo, vários aviões B-2 da Força Aérea dos Estados Unidos decolaram de base de Whiteman, no Missouri, em direção ao Pacífico com bombas “bunker buster” de 13,6 toneladas — projetada para destruir bunkers.

A decisão de Trump

Trump tem sofrido imensa pressão de alguns de seus apoiadores mais anti-intervencionistas para não se envolver nos ataques. Mas, nos últimos dois dias, alguns desses apoiadores mudaram seus argumentos públicos para exigir que qualquer ação seja um engajamento contido, e não prolongado, dos EUA.

Ele foi impulsionado à vitória em parte pelos céticos intervencionistas que o aplaudiram por condenar a guerra no Iraque. Mas ele também afirmou repetidamente que não era aceitável que o Irã tivesse uma arma nuclear. E agora, tomou medidas com as quais os neoconservadores de seu partido, dos quais ele tanto zombava, sonhavam há décadas.

Especialistas afirman que a decisão do presidente Trump de atacar o Irã marcou o início de um capítulo imprevisível de segurança e política no Oriente Médio.“É uma nova fase, potencialmente problemática”, disse Ray Takeyh, pesquisador sênior de estudos do Oriente Médio no Conselho de Relações Exteriores.

Os líderes políticos iranianos provavelmente enfrentarão pressão interna para responder, possivelmente lançando contra-ataques contra instalações militares americanas ou seus aliados.“Eles foram muito humilhados de todas as maneiras possíveis, e isso os torna vulneráveis ​​à sua população e às críticas internas”, disse Takeyh. “Eles teriam que essencialmente restaurar o orgulho de alguma forma.”

Israel tinha expectativa de que Trump enviasse bombardeiros americanos para atacar Fordo. No sábado, o ministro das Relações Exteriores do Irã alertou que o envolvimento dos EUA seria “extremamente perigoso para todos”.

Na sexta-feira, 20, Trump havia declarado que o Irã tinha no “máximo” duas semanas para evitar possíveis ataques aéreos dos Estados Unidos, sugerindo que poderia tomar uma decisão antes do prazo que estabeleceu na quinta-feira (quando anunciou os 14 dias).

Além disso, Trump descartou a possibilidade de sucesso das conversas entre países europeus e Irã sobre a resolução do conflito entre Israel e a República Islâmica, que começaram nesta sexta-feira em Genebra, na Suíça.

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