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Fidelidade é o que prende Bolsonaro a Paulo Martins

10/06/2022

Há uma característica comum a quem o presidente Jair Bolsonaro (PL) unge como candidato ao Senado: fidelidade. Por onde tem passado, o presidente tem escolhido a pessoa que terá o seu apoio na disputa. No Rio Grande do Sul, o nome é do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos); no Mato Grosso, é da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP); e no Paraná, é o deputado federal Paulo Martins (PL).

Bolsonaro tem o plano de ter o domínio do Senado, seja para governar (caso seja eleito) ou para se defender, se perder a eleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção é segurar processos, da mesma forma que foram feitos pelos governos petistas e tucanos.

O presidente sabe que precisa ter maioria, sendo parte dela alinhada com suas ideias e que o defenda de ataques dos adversários.

Esse perfil foi usado quando foi feita a escolha no Paraná. Dentro do PL, há a percepção que dos nomes postos na mesa, apenas Paulo Martins iria defender o presidente, mesmo que ele perca a eleição. O senador Alvaro Dias (Podemos) é considerado muito independente e não seria um defensor de Bolsonaro, sendo um tanto personalista. Guto Silva não conta com a confiança do presidente e filhos. Tem como vantagem ter o apoio de Ricardo Barros (PP), líder do governo.

Por enquanto Bolsonaro tem feito a escolha de forma personalista e sem levar em conta as costuras políticas locais. Ainda há muito chão para percorrer. Mas tudo indica que fique Paulo Martins. Em especial, caso o cenário continue a beneficiar Lula, como vitorioso no primeiro turno.

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