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O que deu errado com as estrelas bolsonaristas nessa eleição?

28/09/2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez algumas apostas para o Senado. Lançou Paulo Martins (PL) no Paraná, Hamilton Mourão (Republicanos) no Rio Grande do Sul, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos) no Distrito Federal, e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL) ,em Pernambuco, entre outros

Após a onda de direita que varreu as eleições de 2018, o cenário eleitoral deste ano se apresenta menos favorável aos players do bolsonarismo.

No Paraná, Paulo Martins (PL) conta com o apoio formal de Bolsonaro. Recentemente recebeu outra menção de apoio do presidente numa das lives. No entanto, ele aparece empacado em terceiro lugar na disputa, bem atrás do veterano Alvaro Dias (Podemos) e do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). Moro, assim como Martins, também tem feito movimentos para conquistar o eleitorado bolsonarista local, enfraquecendo o candidato apoiado diretamente pelo presidente.

Uma das figuras mais conhecidas do segmento ultraconservador cristão do bolsonarismo, a ex-ministra da Família Damares Alves aparece atrás na disputa ao Senado pelo Distrito Federal. Na última pesquisa Ipec, divulgada em 21 de setembro, Damares (Republicanos) aparecia com 21% das intenções de voto, sete pontos atrás de Flávia Arruda (PL), que somou 28%.

A disputa no Distrito Federal dividiu o casal presidencial. O presidente Jair Bolsonaro fez movimentações para apoiar Arruda, mas a primeira-dama Michelle vem participando ativamente da campanha de Damares.

O atual vice-presidente Hamilton Mourão (foto), que também disputa o Senado, aparece em terceiro lugar na disputa no Rio Grande do Sul. Na pesquisa Ipec de 16 de setembro, ele apareceu com 18% das intenções de voto, atrás de Olívio Dutra (PT), que lidera com 28%, e Ana Amélia Lemos (PSD), que somou 25%.

Antes de entrar para a política, Mourão ocupava o posto de general no Exército e chegou a ser removido de um comando militar no governo Dilma Rousseff, após permitir que suas tropas organizassem uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais notórios torturadores da ditadura militar.

Reduto lulista, o Nordeste tem sido um terreno difícil para alguns candidatos que colam sua imagem a Bolsonaro, que registra uma rejeição superior a 60% na região, segundo o Datafolha.

Em Pernambuco, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que ficou conhecido nos últimos anos por tocar sanfona nas lives presidenciais, aparece em terceiro lugar na disputa ao Senado.

Com 9% na última pesquisa Ipec, ele está tecnicamente empatado com André de Paula (PSD), que soma 11%, mas bem atrás de Teresa Leitão (PT), que pontuou 25%.

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