O PT vai colar ainda mais a imagem do ex-governador Roberto Requião com a do ex-presidente Lula. A intenção é tentar absorver parte do eleitorado que já optou por Lula, mas que não se conectou a Requião. O uso do espaço eleitoral dos deputados federais e estaduais, no qual o ex-governador apresenta os candidatos, é uma das formas de atrair a militância petista em torno de Requião. E o ponto alto será no dia 17, quando Lula estará em Curitiba.
Ainda que possua alto índice de rejeição, cerca de 40%, os analistas políticos petistas consideram que Requião tem espaço para crescer dentro da esquerda. Parte da rejeição da esquerda com Requião vem de atitudes intempestivas, em especial gestos do passado destratando o PT.
Requião tem trabalhado para mudar a sua imagem. E elogiar alguns deputados, como Gleisi Hoffmann, Enio Verri, Luciana Rafagnin, Tadeu Veneri não é difícil para o ex-governador, pois ele tem relacionamento direto com esses políticos. Mas além da esquerda, a coordenação de sua campanha sabe que Requião precisa conquistar o público mais de centro e a população mais carente.
Estar ao lado de Lula pode atrair para Requião o eleitor mais pobre, que antes tinha uma vida melhor no governo Lula. O ex-governador tem afinado o seu discurso com o de Lula. Se vai dar certo tudo isto, o tempo vai dizer. Apesar que tempo é o que Requião conta cada vez menos.
