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18/04/2024

ELEIÇÕES 2022

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Ratinho Jr. destaca avanços do seu governo em entrevista ao HojePR

 Ratinho Jr. destaca avanços do seu governo em entrevista ao HojePR

O governador Ratinho Junior (PSD) é o segundo candidato a ser entrevistado pelo HojePR , dentro de uma série de conversas com os candidatos ao Palácio Iguaçu.  Nosso compromisso é com o eleitor e, dessa forma, mantivemos o foco das perguntas nas propostas que cada um tem para o futuro do Estado.

O portal pediu, também, que o candidato gravasse um vídeo se apresentando ao eleitor e explicando suas motivações para concorrer ao cargo de governador. O governador Ratinho Junior não gravou, mas mandou uma resposta por e-mail. O HojePR entende a correria do dia a dia de uma campanha eleitoral e, dessa forma, compromete-se a incluir no portal os vídeos que, porventura, sejam encaminhados com atraso.

O governador Ratinho Junior busca a reeleição e, na entrevista, destaca os avanços e os feitos de sua gestão. Confira as respostas do governador para cada um dos questionamentos propostos pelo HojePR.

 

HojePR – Quem sou eu e o que me motivou a concorrer ao cargo de governador?

Ratinho Jr. – Sou Carlos Roberto Massa Junior, conhecido desde pequeno como Ratinho Junior. Sou pai da Alana, Yasmin e Carlinhos, e marido da Luciana. Sou paranaense, pé vermelho, do povo. Minha história é de gente simples e se assemelha a de muitos paranaenses, que batalham para ter uma vida melhor.

A minha origem me deu a sensibilidade necessária para sentir o que as pessoas precisam e trabalhar em prol do que é justo. Foi por isso que entrei na vida pública, para fazer a diferença. Eu não vivo da política, estou na política porque acredito que podemos ter o Paraná como o melhor exemplo de tudo o que o Brasil pode e merece ser.

Me preparei a vida toda para ser governador e acredito que estou no caminho certo. De 2019 para cá trabalhamos duro. Tanto que hoje temos muitas coisas boas para falar e mostrar.

 

HojePR – Qual é a sua proposta para a geração de emprego e renda? Apesar do Paraná ter um índice de empregabilidade alto, houve queda significativa da renda. Caíram as rendas das classes mais baixas e da classe média, entre 12,5% a 21%, de acordo o IBGE.

Ratinho Jr. – Desde 2019, temos atuado na desburocratização dos serviços públicos, criação de um ambiente de estabilidade política e econômica, investimos em infraestrutura e logística e em sustentabilidade ambiental. Tudo isto contribuiu para atrair investidores privados, o que resultou em 4 anos, em investimento de R$ 120 bilhões na instalação de empresas, indústrias e no agronegócio.

Em 2021, o Paraná teve saldo positivo de 172 mil empregos e, em 2022, foram 90 mil apenas no primeiro semestre. Mesmo durante os anos da pandemia, em 2019 e 2020, tivemos saldo positivo de 340 mil novos empregos.
Acredito que com a nossa proposta de continuar trabalhando na melhoria da eficiência da máquina pública e obras de infraestrutura potencializem a vocação do Paraná como hub logístico da América do Sul e em criar condições favoráveis aos empreendedores.

 

HojePR – Qual é a sua proposta para o setor de pequenas e médias empresas? Há a possibilidade de redução de impostos?

Ratinho Jr. – Em 2021, os pequenos negócios foram responsáveis por 83% das vagas com carteira assinada geradas no Paraná. O nosso processo de desburocratização permite a abertura de empresa em menos de 24 horas. A liberação de licenças ambientais, de Vigilância Sanitária e dos Bombeiros está mais rápida. A Junta Comercial presta serviços 100% online.

Aumentamos a oferta de crédito com juros menores e até zeros em alguns casos, por meio da Fomento Paraná, que priorizam empreendedores informais, MEIs, micro e pequenas empresas com acordos de cooperação e parcerias com secretarias, prefeituras, Sebrae-PR, órgãos de classe e entidades do setor produtivo.

A Rede de Parceiros está presente em mais de 300 cidades e tem convênios com a FIEP, Fecomércio e Faciap. As Agências do Trabalhador oferecem microcrédito e orientações para estimular o empreendedorismo.

 

HojePR – Qual é a sua estratégia para compensar a perda de arrecadação causada pela redução do ICMS da gasolina?

Ratinho Jr. – A redução do ICMS foi a contribuição dada pelos estados em um momento de alta inflacionária e que tem se refletido em preços menores. Da mesma forma, o Paraná manteve a menor alíquota de ICMS do diesel do País, de apenas 12%, ajudando na redução dos custos de transporte e no aumento da competitividade.

Também fizemos um enxugamento da máquina pública, com redução de quase metade do número de secretarias, fusão e extinção de autarquias e corte de cargos comissionados, além de reformas necessárias para o equilíbrio fiscal do Governo do Estado, como a reforma da previdência, que garantiu a sustentabilidade financeira pelas próximas décadas.

Estamos estudando detalhadamente todos os impactos da redução do ICMS nas contas públicas, mas continuaremos trabalhando para o fortalecimento da economia e na eficiência na aplicação dos recursos para compensar perdas.

 

HojePR – O que você pretende fazer com o pedágio? Acha que o atual acordo será benéfico e menos prejudicial ao Estado do que aquele firmado pelo governador Jaime Lerner?

Ratinho Jr. – O Governo do Estado e o Governo Federal são parceiros no desenvolvimento do projeto Rodovias Integradas do Paraná, um novo pacote de concessões de rodovias federais e estaduais. São mais de R$ 42 bilhões em obras e mais de R$ 34 bilhões em conservação de rodovias e atendimento ao usuário, pelas próximas três décadas.

Serão seis lotes, leiloados na bolsa de valores, com total transparência e a participação de players internacionais. Não há qualquer comparação com os contratos assinados em 1997, que resultaram na novela trágica que foi o Anel de Integração.

O novo projeto foi discutido com a sociedade civil e o poder legislativo, com audiências públicas em todas as regiões e uma audiência pública virtual da ANTT, com mais de 6 mil contribuições da população. É uma modelagem que prevê inovação, uso de tecnologias, muito mais obras, e uma tarifa justa. Estamos acompanhando a elaboração dos editais, atualmente sendo analisados pelo TCU.

 

HojePR – A Agricultura ainda carece de infraestrutura, em especial, da porteira para dentro e nas estradas de ligação com a malha rodoviária. O que fazer? E quais são os seus planos para o escoamento de safra, pensando em todos os modais de transporte

Ratinho Jr. – Pensando em infraestrutura da porteira para dentro, o Governo do Estado lançou nestes últimos três anos e meio alguns programas, entre eles destacamos:

Desde 2019, autorizamos cerca de R$ 364 milhões para obras de pavimentação com pedras irregulares ou blocos sextavados em mais de mil quilômetros de estradas rurais, que acessam as rodovias.

O Banco do Agricultor Paranaense atende o produtor com juros baixos em diversas atividades agropecuárias. Até julho deste ano, estavam liberados 1.347 projetos foram liberados, com R$ 188,8 milhões em financiamentos.

O Renova Paraná é um programa que facilita o acesso dos produtores a projetos de energia renovável e biomassa. Foram acatados pelo IDR-Paraná, até meados de agosto, 3.646 projetos, no valor de R$ 707,6 milhões.

O programa Paraná Trifásico, desenvolvido pela Copel, que iniciou em 2020, está investindo R$ 2,7 bilhões para implantar 25 mil quilômetros de linhas trifásicas para distribuição de energia no campo. Serão 10 mil quilômetros até o fim de 2022.

 

 

HojePR – E há a necessidade de modernizar as empresas de extensão, cujo modelo continua muito focado às demandas das cooperativas, deixando uma parte dos produtores sem ações específicas para atendê-los. O que pode ser mudado? 

Ratinho Jr. – Primeiramente, é preciso salientar que a extensão rural praticada pelo Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), é uma das melhores do País e não está focada em demanda de cooperativas, pelo menos das grandes, que têm seus próprios quadros. A extensão pública no Paraná tem como foco as pequenas cooperativas, as associações da agricultura familiar e agricultores familiares individuais.

O sistema deu um salto de qualidade com a fusão entre Emater, Iapar, CPRA e Codapar, formando o IDR-Paraná. É essa integração que faz a pesquisa agropecuária pública do Estado do Paraná ser altamente reconhecida internacionalmente, com variedades aqui desenvolvidas sendo aplicadas lá fora.

 

HojePR – Qual é a política para a melhorar a segurança alimentar do Estado, que deixou de plantar alimentos para a mesa das famílias das cidades?

Ratinho Jr. – Na questão sobre a segurança alimentar, é preciso fazer uma ressalva. Não se deixou de plantar alimentos para as mesas das famílias da cidade. Sobretudo durante a pandemia, foi o esforço de centenas de milhares de produtores rurais, pequenos, médios e grandes que manteve a qualidade da alimentação.

Um projeto é o Compra Direta Paraná. Por meio dele, pequenas cooperativas e associações da agricultura familiar, selecionadas por chamamento público, entregam alimentos a aproximadamente mil entidades socioassistenciais. Em 2020, o Estado investiu R$ 20 milhões. No ano passado, R$ 27 milhões.

Outro programa foi o Cartão Comida Boa, que, em 2020, movimentou R$ 113 milhões na economia paranaense, fruto de aproximadamente 2,7 milhões de transações de compras em cerca de 6 mil comércios cadastrados. O programa distribuiu 794 mil cartões a moradores dos 399 municípios paranaenses.

Entre 2019-2021, o Programa Leite das Crianças – PLC beneficiou, em média, 106 mil crianças entre 6 meses e 3 anos de idade, com a entrega de um litro de leite integral enriquecido por dia e investimento de R$ 315 milhões. Em 2022, estão sendo beneficiados 103 mil crianças por dia.

As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa) também instituíram o Banco de Alimentos, que promove o reaproveitamento de 500 mil quilos de alimentos por mês. Os alimentos são entregues a 336 entidades, como orfanatos, creches, hospitais públicos e entidades assistenciais, que atendem em média, cerca de 112 mil pessoas por mês.

 

HojePR – Qual é a política agrícola para as áreas declivosas (concentradas na região central e no Norte Pioneiro e parte do Sul e Sudoeste)?

Ratinho Jr. – O Estado possui, dentro do Programa Pecuária Moderna, um específico, que se chama Programa para a Produção de Bezerros em Áreas Declivosas (PROPBAD). A política estadual para o setor pecuário visa à melhora dos indicadores de produtividade para ser mais uma atividade lucrativa no Estado e apta a aproveitar de forma mais expressiva os benefícios do reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação.

O objetivo é explorar áreas declivosas, onde há dificuldade de plantio de grãos, para produção de bezerros de qualidade com vistas a repor animais aos terminadores, que engordam para abate. Os extensionistas têm trabalhado tanto a campo quanto em discussões técnicas.

O programa está dentro de uma política ampla de reforço da bovinocultura no Estado, que conta com orientações sobre as melhores pastagens a serem desenvolvidas em cada região e sobre a integração de lavoura, pecuária e florestas, quando possível. Dessa forma, pode-se conservar melhor o solo e garantir mais sustentabilidade tanto à produção quanto na preservação do meio ambiente.

 

HojePR – O Paraná sempre veio num crescente de melhorias na Saúde. No entanto, a regionalização ainda é um gargalo. Mesmo com a entrega de obras iniciadas em 2016 e entregues nessa gestão, há vazios na Saúde como, por exemplo, na região Central, Sudoeste, Norte Pioneiro e o extremo limítrofe do Noroeste, do Norte, Oeste e Leste. Como fazer chegar novos equipamentos para esses pontos e também a medicina de média e alta complexidade, com equipamentos modernos e médicos especialistas?

Ratinho Jr. – O Estado avançou muito na regionalização da saúde no Paraná. Como exemplo do trabalho é possível citar a estratégia da regionalização de abertura de leitos durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.

Foram implementados em poucos meses 4,9 mil espaços exclusivos para a doença, sendo 2 mil de UTI Covid, em cidades de grande, médio e pequeno porte, com um repasse de mais de R$ 492,4 milhões empenhados para essa finalidade. Foram abertos mais leitos do que nos 20 anos anteriores, dobrando a capacidade de atendimento instalada e deixando um legado.

Em paralelo a esse atendimento emergencial foram liberados R$ 168 milhões para ampliação da frota do transporte sanitário (ambulâncias, vans, carros e micro-ônibus, equipamentos), reformados hospitais municipais e construídas novas UBS em todas as regiões.

Investimos, ainda, R$ 869 milhões em obras de novas construções. São R$ 498 milhões entre obras já concluídas ou em execução e mais R$ 371 milhões em obras que estão em tramitação para serem executadas.

Entre novas unidades, ampliações e reformas, estão 223 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 35 hospitais, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e uma Clínica da Mulher. Seguem em execução obras de construção e reformas de mais 581 UBS, 32 hospitais, seis Prontos Atendimentos Municipais (PAM) e uma Unidade Mista (UM).

A Rede de Urgência e Emergência passará por incrementos, como melhoria no financiamento e na qualificação dos hospitais públicos e filantrópicos, garantindo que os serviços funcionem plenamente, além de manutenção e integração do Siate e do Samu. Novas obras, ampliações e reformas em hospitais próprios, sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde ou da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Funeas), vão adequar os espaços para o crescimento populacional, levando mais conforto aos pacientes.

 

HojePR – É a lei estadual 18.662/2015 que atualmente determina o tamanho do efetivo da Polícia Militar (PM) no Paraná. A norma elevou de 27.329 para 27.948 o número máximo de servidores da corporação. Seriam 22,7 mil vagas para o policiamento e 5,2 mil para o Corpo de Bombeiros. Esses números nunca chegaram a ser alcançados. E o mesmo acontece com a Polícia Civil, que tem efetivo enxuto. Como fortalecer o efetivo policial, que hoje trabalha no limite, sendo muito mais reativo que preventivo?

Ratinho Jr. – Chamamentos históricos feitos nesta gestão colaboraram para recompor os efetivos das polícias Militar, Civil, Científica e Penal, que estavam defasados há anos. Com a formatura e capacitação dos novos policiais será possível readequar o quadro funcional disponível em todas as regiões do Paraná. Além disso, está sendo implantado o Programa de Reposição Permanente de Efetivo, que garantirá reforço anual no efetivo de todas as forças e permitirá recompor os quadros próprios das instituições, dando continuidade ao processo de recrutamento e seleção de servidores públicos, mesmo com aposentadorias e desistências, de acordo com mecanismos de gestão de pessoas.

Também está prevista a contratação de uma empresa especializada em call center para a prestação de serviços para o Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM). A medida, além de gerar economia aos cofres públicos, permitirá que os policiais reforcem o policiamento nas ruas.

Outra ação que está em andamento é a elaboração e o aprimoramento de programas voltados à inteligência com a utilização de inovações tecnológicas, a fim de melhorar a qualidade e a eficiência do trabalho policial, garantindo maior agilidade nos serviços prestados à população.

 

HojePR – O que pode ser mudado dentro da Segurança Pública paranaense para diminuir a quantidade de crimes de roubos, assassinatos e feminicídio? E como combater também o crime contra a população LGBTQIA+?

Ratinho Jr. – A reestruturação do Centro de Comando e Controle Regional (CICCR) deverá unificar as atividades de videomonitoramento na segurança pública como monitoramento de tornozeleiras eletrônicas, suporte à consulta policial e acompanhamento e elaboração de operações integradas. Também serão fortalecidos o Disque Denúncia 181 e os atendimentos relacionados ao Botão do Pânico. As tecnologias adotadas para a segurança pública também permitem que a população registre boletins de ocorrências on-line.

Serão reforçados, ainda, os Projetos Olho Vivo e Falcão, já existentes, além da implantação de projetos que compõem o Novo Plano de Governo. O Programa Estadual de Pagamento de Recompensas que deve estimular o auxílio da população para o repasse de informações, permitindo a atuação mais preventiva das polícias estaduais. O Projeto Drone ampliará a capacidade das forças de segurança com o emprego de aeronaves remotamente pilotadas, trazendo mais segurança à população paranaense.

Outra ação é a implantação do Laboratório DNA 2.0, que contará com robô de automação do Laboratório de Genética com material coletado de vítimas de violência sexual. Também será ampliada a Rede Estadual de Laboratórios de Balística Forense, a fim de elevar o índice de solução de casos de criminalidade violenta e do crime organizado com redução de custos.

Todos os investimentos citados irão contribuir, também, para a redução dos crimes contra a população LGBTQIA+. Serão reforçadas ações específicas que visam trazer mais segurança ao grupo. A Secretaria da Segurança Pública mantém um grupo de trabalho específico, com a participação de representantes LGBTQIA+, sociedade civil, Ordem dos Advogados do Brasil, Tribunal de Justiça, Ministério Público e de todas as forças policiais estatuais. Uma das sugestões deliberadas pelo grupo e que será implantada, em breve, é a inserção de campos como nome social, identidade de gênero e orientação social no sistema de Boletim de Ocorrência. A Polícia Civil do Paraná possui um núcleo especializado no atendimento à população LGBTQIA+, que terá sua atuação ainda mais reforçada.

 

HojePR – E qual é a estratégia para fortalecer a segurança dos produtores rurais de roubos e furtos de maquinários, insumos e produção?

Ratinho Jr. – A ampliação da Conectividade Rural, prevista no Plano de Governo, proporcionará mais tecnologia para as áreas rurais. Isso permitirá o reforço do monitoramento, com a instalação de câmeras para auxílio no patrulhamento das regiões, as forças policiais atuarão de forma mais rápida e eficaz no combate ao crime em todas as regiões do Estado. Também será reforçada a Patrulha Rural, que tem a missão de trazer policiamento especializado para atuação em áreas rurais, trazendo mais segurança aos produtores rurais e à população que mora no campo.

 

 

HojePR – A evasão escolar, registrada em 2021, atingiu cerca de 100 mil alunos do ensino médio e cerca de 40 mil jovens do ensino fundamental. E a previsão, em 2022, é que essa mesma margem seja alcançada, segundo levantamentos da ong Todos pela Educação e o IBGE. O que tem provocado essa grande evasão e como reverter esses números aumentando o número de jovens na escola?

Ratinho Jr. – A principal iniciativa para combater o abandono escolar e estimular a permanência do estudante em sala de aula é o programa Presente na Escola. Por meio do acompanhamento de uma planilha de índices de frequência e um sistema Business Intelligence (BI), em todas as regionais, os professores e gestores podem analisar as faltas diárias de cada escola, turma, turno e aluno. Assim, é mais fácil identificar quais são as causas das faltas e, então, criar estratégias para resolver os problemas específicos de cada turma, escola ou estudante.

Já no caso de identificação de casos de abandono escolar, os colégios realizam buscas ativas. Os pedagogos, professores ou diretores entram em contato com o aluno e com seu responsável. Em 2021, foi realizada busca ativa com 61 mil estudantes da rede estadual de ensino do Paraná. Destes alunos, 58,6 mil retornaram para a escola.

Todo esse trabalho tem dado resultado, uma vez que em 2021, a taxa de abandono escolar da rede estadual do Paraná no ensino médio foi de 1,3%. No ensino fundamental (anos finais), a rede estadual paranaense teve uma taxa de abandono de 0,6%, atrás apenas das redes estaduais de Goiás (0,5%), Mato Grosso do Sul (0,4%) e Distrito Federal (0,2%).

 

HojePR – O ensino técnico foi terceirizado na atual gestão, tornando-se um híbrido de aulas online e aulas presenciais. Diversas escolas se rebelaram com esse modelo, voltando a prática de aulas presenciais e com o uso de laboratórios e aulas práticas. Qual é a visão sobre ao atual modelo e qual é a sua proposta?

Ratinho Jr. – É importante esclarecer que a educação profissional não foi “terceirizada”, assim como a parceria atual alcança apenas parte dos estudantes. Ao aumentar a oferta da educação profissional e técnica em 2022, junto com a implementação do novo ensino médio, identificamos a necessidade de buscar uma parceria, principalmente em municípios menores e nas zonas rurais, onde não existe quantidade suficiente de profissionais habilitados para ministrar as disciplinas técnicas de determinados cursos.

Dessa forma, a parceria com uma universidade privada possibilitou que os estudantes dos cursos de Administração, Agronegócios e Desenvolvimento de Sistemas tivessem aulas de disciplinas técnicas. Os professores da Unicesumar ministram apenas as disciplinas técnicas desses três cursos (são mais de 25 cursos técnicos integrados ao ensino médio na rede).

Os protestos de parte dos alunos no início do ano foram importantes para que a secretaria, ao lado dos núcleos e da direção das escolas, entendesse as críticas e ajustasse o modelo das aulas, como foi feito. Tanto que uma equipe estadual passou a avaliar todas as aulas para aprimorar o conteúdo, além de prestar suporte ao estudante em sala e pedagógico e também alterou seu formato, deixando as aulas mais interativas e menos expositivas.

 

HojePR – Qual é a sua estratégia para fazer com que o Paraná esteja na liderança do Ideb nos quatros anos de gestão?

Ratinho Jr. – A Secretaria de Estado da Educação realiza diversas ações com o objetivo de melhorar a qualidade da educação paranaense. O programa Formadores em Ação, citado como exemplo pela UNESCO e pela Universidade de Havard, permite que professores liderem grupos de estudo para discutir questões como uso de tecnologias, metodologias ativas e experiência em sala de aula. Essa prática tem ajudado no uso de novos recursos tecnológicos para fins pedagógicos, como as plataformas Redação Paraná, Inglês Paraná, Matemática Gamificada, Edutech e Robótica.

Já entre as medidas de avaliação dos estudantes desenvolvidas pela Seed-PR, foi implantado o Sistema de Avaliação da Educação do Paraná (SAEP), que compreende o conjunto da Prova Paraná Mais, Prova Paraná e a Avaliação de Fluência. Criado para recuperação dos estudos no contraturno, o Programa Mais Aprendizagem, implantado em 2019, atende cerca de 100 mil estudantes de 5,3 mil turmas de 1.446 colégios.

Em 2020, o Paraná foi destaque nacional no IDEB, passando para a 3ª posição nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio (antes ocupava a 7ª posição em ambos).

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