A convocação de uma coletiva de imprensa para meia hora antes do início da convenção do partido já sinalizava o que, sem qualquer discrição, se dizia há dias: o candidato tucano desistiria de disputar a Prefeitura de Curitiba. Pouco depois das 18h30, o agora ex-prefeito, ex-governador e ex-candidato Beto Richa confirmou a desistência.
Os motivos oficiais, detalhados por Beto Richa na coletiva, vão desde o pouco tempo de rádio e TV para divulgar suas propostas para a capital, passam pelo fato de não lhe sobrar tempo, como presidente do PSDB, para apoiar candidatos em outras cidades, e terminam nas diferenças com o Cidadania, que faz parte da federação com o PSDB, mas que anunciou que apoiaria a candidatura do vice-prefeito Eduardo Pimentel, do PSD. Nos bastidores, no entanto, existiria a preocupação da equipe de Beto com a enorme rejeição à sua candidatura, verificada em todas as pesquisas eleitorais divulgadas atá o momento.
Perguntado se teria existido um pedido, ou acordo, do governador Ratinho Junior para que desistisse da candidatura, Beto Richa confirmou que foi “assediado”, mas negou que tenha cedido aos pedidos ou que tenha negociado cargos para seus companheiros tanto na gestão de Ratinho Juniuor quanto em uma eventual administração Eduardo Pimentel na Prefeitura de Curitiba. Segundo Richa, os pedidos não partiram apenas do grupo do governador e, dessa forma, estaria decidido a manter neutralidade na corrida eleitoral.
Na sequência da coletiva, o PSDB realizou sua convenção e homologou a chapa de vereadores com 30 candidatos.
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