O velório da primeira-dama de Curitiba, Margarita Sansone, foi aberto ao público no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem. A cerimônia foi marcada por emoção e pelas palavras do prefeito Rafael Greca, que agradeceu a presença dos cidadãos: “Muito obrigado pela delicadeza de vocês virem aqui”, expressou.
Greca fez questão de destacar o significado do local escolhido para o velório, enfatizando o amor compartilhado entre ele, Margarita e a cidade de Curitiba. “Nesse prédio perto da Igreja da Ordem, da Igreja do Rosário, onde nós fizemos durante 40 anos as festas de São Francisco voltadas para os mais pobres. A presença maciça do nosso povo de todos os bairros e de todos os estratos sociais mostra como ela inspirava as pessoas e como o nosso amor por Curitiba e o nosso amor mútuo era também reproduzido pelas pessoas como um parâmetro de fazer o bem”, afirmou o prefeito.
Recordando os 50 anos de união com Margarita, Greca revelou a dor de sua perda, mas também o orgulho e a admiração pela companheira de vida. “Ela, no leito de morte, ainda me disse: ‘Eu estou muito contente com você’. Só isso pode aliviar essa minha dor”, disse ele, emocionado.
O prefeito exaltou o pioneirismo de Margarita em várias frentes, especialmente no trabalho social. Ele relembrou a criação do primeiro restaurante popular de um real no Brasil e as mesas solidárias gratuitas durante a pandemia, que hoje são uma marca da cidade. Em sua homenagem, Greca anunciou a criação de um fundo com o nome de Margarita para continuar o trabalho de segurança alimentar em Curitiba: “Eu pretendo constituir um fundo com o nome da minha Margarita para com isso alimentar muita gente e fornecer segurança alimentar para os mais desvalidos”.
Além do seu trabalho social, Margarita foi uma grande incentivadora da cultura. “Ela achava que a beleza era uma função urbana, por isso esse prédio tão lindo, por isso essas obras de arte todas que nós juntamos e que vamos continuar juntando. Essa mulher de alma curitibana, mas também de alma romana, foi não só professora de História da Arte, mas também Mestra de Vida e professora de Humanidade”, destacou Greca, agradecendo com o “coração na mão” ao povo curitibano.
Ao concluir, o prefeito ressaltou a importância de manter viva a memória de Margarita através de ações concretas: “Como é que a gente deve lembrar da dona Margarita? O seu coração curitibano e o seu amor por Curitiba. Em cada ipê que floresce, em cada cerejeira que brota, em cada nova árvore que é plantada, em cada creche que é servida, em cada leito de hospital novo que se abre, em cada verba de saúde que se dispensa aos muito doentes”.
Margarita Sansone, uma figura de referência em diversas áreas, do social ao cultural, deixou um legado indelével em Curitiba. Poliglota e profundamente devota, ela foi inspiração constante para o prefeito Rafael Greca em sua trajetória política e pessoal.
(Imagem: portal Nosso Dia)
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