Inteligência artificial e tecnologia nos negócios, mercados globais e o bicentenário das relações diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos da América (EUA) foram alguns dos temas debatidos no primeiro dia da quarta edição do Seminário de Negócios Internacionais do Paraná (SNIP), realizado pelo World Trade Center (WTC) Curitiba e pelo Sistema Fiep. A abertura do evento foi conduzida pelo diretor da Fiep, Paulo Pupo, representando o presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos. Este é o maior evento do tema no estado e reuniu cerca de 800 participantes, entre empresários e representantes do corpo consular nesta terça-feira (27).
Pupo, que também é coordenador do Conselho Temático de Negócios Internacionais, afirmou que eventos como esse aproximam, potencializam e otimizam o desenvolvimento dos nossos negócios. “Somos a quarta potência industrial do Brasil e temos condições de melhorar esse desempenho e, para isso, a atividade e a ação de negócios internacionais é fundamental” acrescenta.
A presidente do WTC, Daniella Abreu, destacou o crescimento do evento nesses quatro anos. “Era um pequeno encontro, começou on-line na pandemia e algumas das pessoas que estavam conosco lá há quatro anos atrás se encontram aqui.” E reforçou a relevância de reunir executivos com o mesmo propósito. “Nós somos uma plataforma de negócios global em mais de 320 cidades de 90 países. E o que a gente faz aqui em Curitiba é o que a gente faz no mundo inteiro. Reunir lideranças, abrir as portas, unir as partes e gerar negócios. Esse é o nosso objetivo sempre”, completa.
Também participaram da abertura, o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, que apoia o evento desde sua primeira edição; representando a prefeitura de Curitiba, o assessor-chefe de Relações Internacionais da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Zannin Feijó e, em nome do Governo do Paraná, o secretário da Indústria Comércio e Serviço – Governo do Paraná, Ricardo Barros.
Durante a manhã, os presentes puderam ouvir a presidente da Microsoft, Tânia Cosentino, que abordou como a Inteligência Artificial tem transformado o cenário empresarial global. Ela destacou o papel fundamental dessas tecnologias na automação de processos, na
personalização da experiência do cliente e na tomada de decisões estratégicas. “Somos um país de muitas riquezas na indústria, no agro, nos minérios e nas energias renováveis que nos diferenciam como atributos importantes para a gente atrair investimentos. Vejo que a inteligência artificial pode ser uma grande aliada na atração de novas indústrias para o Brasil. Essa tecnologia não é tão nova, mas tem alguns novos ‘sabores’ e pode ser um canal para a recuperação da competitividade global da nossa indústria”, avalia.
O embaixador da Índia no Brasil, Shri Suresh Reddy, conversou com Daniella Abreu sobre Abreu sobre negócios globais, com foco nos mercados indiano e asiático. A programação da manhã foi encerrada com o bate-papo com o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Richard Glenn, sobre o bicentenário das Relações Diplomáticas do Brasil – EUA. Durante a conversa, mediada por Paulo Pupo, Glenn afirmou que vivemos um movimento global único com enorme potencial tanto para o Brasil, quanto para os EUA. “Podemos ser pioneiros em projetos de energia eólica, solar e de bioenergia, para que nossas nações estejam na vanguarda da revolução em energia limpa. Isso contribui para o futuro sustentável e como vantagem comercial competitiva. Temos a oportunidade de que empresas americanas e brasileiras possam liderar esse movimento globalmente”, comenta.
Já no período da tarde, o painel sobre posicionamento da indústria brasileira no cenário global foi mediado pelo Superintendente da Fiep, João Arthur Mohr. Participaram do debate o presidente da Airbus Brasil, Gilberto Peralta; o diretor-geral da Copel Geração e Transmissão S.A, Moacir Bertol; o superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Frederico Lamego e o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin.
Com mediação do representante da Apex Brasil, Gabriel Isaacsson, a gerente de Customs & Trade Manager da Renault do Brasil, Danielle Goncalves Lopes, o diretor trade OEA da Becomex, Omar Rached e o chefe da EqOEA da Receita Federal do Brasil, Rinald Boassi debateram sobre o Operador Econômico Autorizado (OEA). A palestra sobre, abordou a importância desse programa para empresas que buscam otimizar suas operações no comércio exterior. O OEA, uma certificação concedida pela Receita Federal, garante maior agilidade e segurança nas operações aduaneiras, além de fortalecer a confiabilidade da empresa no mercado internacional. Durante a apresentação, foram discutidos os critérios necessários para obter a certificação, os benefícios competitivos que ela oferece, como a redução de custos e prazos de despacho, e as melhores práticas para manter a conformidade com as exigências regulatórias.
O painel Agrotech e sustentabilidade finalizou o primeiro dia de atividades, com mediação da sócia-fundadora da Comodaro Advogados, Sandra Comodaro, contou com a participação do fundador da PecSmart, Diego Jacob Kurtz, a diretora de ESG do Sistema FAEP/SENAR, Fabiana Campos Romanelli e da chefe de Sustentabilidade e Energias, Frísia Francis Bavoso. Peralta destacou o quanto o Paraná importante quando o tema é combustível de aviação. “O novo combustível de aviação vai vir de biomassa, vai vir do agronegócio. Então o Paraná é importantíssimo”, disse.
O Seminário de Negócios Internacionais do Paraná acontece até amanhã (28) e é crucial para líderes empresariais e autoridades, fomentando um diálogo aberto sobre as melhores práticas e tendências globais que podem ser aplicadas localmente para impulsionar a economia regional.
Ainda é possível participar do segundo dia do evento, a programação e as inscrições estão no site: https://www.wtccuritiba.com.br/seminario
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