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EDITORIAL

Futebol paranaense é vítima de uma Federação desprestigiada e sem rumo

06/09/2024
futebol

O futebol no Paraná nunca esteve tão desprestigiado. Enquanto o Brasil se prepara para sediar a próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027, o Estado foi completamente ignorado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na hora de escolher as cidades que vão receber os jogos. Isso expõe as graves falhas de gestão da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Este fato não apenas levanta questionamentos sobre a capacidade de liderança da entidade, mas também escancara a ineficácia de uma instituição que deveria promover o esporte paranaense para o Brasil.

A exclusão do Paraná do rol de sedes é um reflexo claro de como o futebol local vem sendo conduzido. Com uma estrutura que mais parece uma empresa familiar do que uma organização dedicada ao fomento do esporte, a FPF não consegue garantir que o estado participe de eventos de relevância nacional ou internacional.

O atual presidente, Hélio Cury Filho, está à frente da entidade desde o ano passado, após suceder o pai no comando. Esse ciclo familiar de poder tem mostrado resultados pouco expressivos, levando o futebol paranaense ao esquecimento. Prova disso é que o ex-presidente da FPF, Hélio Cury, é um dos vice-presidentes da CBF e, ao que parece, goza de tamanha irrelevância que não foi capaz de trazer a competição feminina para o Estado.

A gestão familiar e ineficiente da FPF limita as ambições do futebol local. A Copa do Mundo Feminina deveria ser uma chance para o Paraná voltar a ter relevância, mas, devido à ineficiência da sua Federação, o estado vai assistir de longe aos jogos. O que deveria ser uma oportunidade para projetar o Paraná no cenário do futebol feminino acabou sendo mais uma demonstração do desprestígio que o estado vive atualmente.

Vale citar que não é apenas o futebol que sai perdendo. O comércio paranaense deixa de faturar com a ausência do Estado na competição. O turismo estadual, que tem recebido investimentos enormes, também deixa de faturar, enfim, é uma cadeia toda sendo prejudicada pela ineficácia da FPF.

Essa situação constrangedora demonstra que mudanças urgentes são necessárias, tanto no comando da FPF quanto na forma como o futebol é tratado no estado. Caso contrário, o Paraná continuará sendo coadjuvante no esporte nacional, mesmo possuindo todas as condições para ser protagonista.

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