O ministro de Energia da Noruega, Terje Aasland, comentou, nesta quarta-feira (2), sobre a semelhança entre a matriz energética do Brasil e do país escandinavo, cuja capacidade instalada é 94,3% formada por hidreletricidade. “Acho que a Noruega e o Brasil são bem iguais. Nós temos hidrelétricas e a oportunidade de produzir energia eólica e solar”, afirmou.
Acompanhado de uma comitiva formada por representantes do governo norueguês e diplomatas, Aasland foi recebido pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, no Centro de Recepção dos Visitantes (CRV), antes de fazer uma visita técnica à usina hidrelétrica. Também participaram da recepção os diretores Renato Sacramento (técnico executivo), Carlos Carboni (Coordenação) e Luiz Fernando Delazari (jurídico).
Enio Verri explicou que Itaipu foi superada em capacidade instalada pela chinesa Três Gargantas, mas ainda mantém a maior produção acumulada do planeta, de mais de 3 bilhões de MWh produzidos ao longo de sua história. “Os profissionais chineses nos visitaram várias vezes para aprender com nosso projeto e construir a usina hidrelétrica de Três Gargantas”, comentou o diretor.
Para Aasland, a hidreletricidade é um sistema perfeito de geração de energia, devido a sua previsibilidade, mas ele apoia o crescimento de novas fontes elétricas, como a solar e a eólica. “A produção de Itapu é bastante impressionante. É muito importante ter essa quantidade de energia renovável disponível para alimentar casas e indústrias”, afirmou.
A comitiva norueguesa participa das reuniões do Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20, além dos encontros do Clean Energy Ministerial (CEM15) e da Ministerial da Mission Innovation (MI-9). “Tenho muitos encontros interessantes para discutir como podemos construir um futuro de emissão baixa ou zero”, resumiu.
A Noruega tem capacidade instalada de cerca de 33 mil MW, ou pouco menos que duas Itaipu. “Um de nossos maiores projetos é de 1.760 MW. Mas nós temos 1.800 hidrelétricas”, explicou Terje Aasland. A segunda maior fonte de energia é a eólica, com 3.970 MW. Segundo Aasland, o país tem reservas suficientes para produzir eletricidade por quase 3 anos.
Visita técnica
A comitiva assistiu ao vídeo institucional da Itaipu, no CRV, e partiu para uma visita técnica, acompanhada pela Divisão de Relações Públicas. Eles passaram por Mirante Central, crista da barragem, barragem de concreto, sala de controle central, sala de despacho de carga e o eixo da turbina. Renato Sacramento acompanhou parte da visita técnica e explicou as particularidades de Itaipu.
“É sempre uma satisfação muito grande a gente receber aqui visitas, principalmente um ministro que é da área. Ele é engenheiro eletricista, conhece a usina e o sistema elétrico”, afirmou Sacramento. “Ele se mostrou bastante impressionado com a grandeza da Itaipu e isso é muito bom, vindo de um país que tem grande experiência com hidreletricidade.”
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