Os principais impactos no dia a dia da população os preços da alimentação e de habitação — esta última puxada pela tarifa de energia elétrica. As altas nesses índices foram de 0,44% e 1,8%, respectivamente.
A alta na energia, de 5,36% em relação a agosto, está relacionado à tarifa com bandeira vermelha (R$ 4,463 para cada 00 kWh consumidos) durante o mês de setembro e que avança agora em outubro para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh).
Já em termos de alimentação, que subiu 0,5% no geral e 0,56% quando considerada a alimentação em domicílio, o principal impacto foi do preço da carne: 2,97%, seguido pelo das frutas (2,79%).
“Voltamos para um território positivo depois de algumas leituras baixas. Eu destacaria a contribuição de carnes: a gente viu uma alta bastante expressiva do preço do boi e isso já começa a aparecer no varejo. O preço da carne de porco também vem em uma toada forte, essa dinâmica do preço dos bois acaba puxando os substitutos”, explica o economista Alexandre Maluf, da XP.
“A alta da inflação neste mês já era esperada. Os fatores climáticos, com longos períodos de seca pelo país e chuvas fora de época no Sul – ainda sob reflexos das cheias em maio, no Rio Grande do Sul -, refletem diretamente na disponibilidade dos itens que puxaram esse aumento: a alta da energia, incremento de 5,63% em relação a agosto, e da alimentação, que subiu 0,5% no geral, puxada principalmente pelo preço da carne (2,97%) e das frutas (2,79%). Fica o desafio para as famílias que deverão buscar substituições no momento das compras no varejo e adotar práticas de economia de energia para as próximas semanas, já que a previsão é de avanço da bandeira vermelha de consumo para o chamado patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh) em outubro”, avalia Renato Sarreta, líder regional da XP no RS e no PR.
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