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ELEIÇÕES/2024

Uma foto que vale mais que mil palavras: o deboche da turma do vale tudo pelo poder

23/10/2024
casais

A foto acima reúne personagens bem discutíveis da eleição deste ano. O quarteto parece animado, serelepe até. Quem sabe vislumbrando ter nas mãos o comando de Curitiba. Quem sabe, ainda, felizes por imaginar que o curitibano não se importou com a irresponsável campanha de desconstrução da sua amada cidade. Quem sabe imaginando mais e rindo por pensar que o eleitor não está nem aí para a falta de propostas e para o absoluto desconhecimento de questões básicas à um gestor público, como o valor do orçamento a ser praticado em Curitiba no ano que vem. Pode esse grupo pensar, também, que aqui as mentiras não encontram repúdio, que as denúncias não são levadas a sério, que a narrativa bem treinada, com acusações sem provas e sem base alguma, valem mais que a verdade, que ideias estapafúrdias, como a que vai levar o pobre a pagar mais para andar de ônibus, são aceitas de bom grado. Podem, pasmem, acreditar que vale a pena censurar a imprensa que busca mostrar tantos desmandos. A foto é emblemática porque sugere a desfaçatez e a arrogância de uma comemoração prematura de uma eleição que, dizem as pesquisas, está longe de acontecer. É um deboche de uma turma que acredita que, para chegar ao poder, tudo pode, tudo vale. Conheça  melhor os alegres personagens dessa foto e como eles operam para vencer a eleição em Curitiba.

O primeiro, na esquerda, é o vice problema de Cristina Graeml. Jairo Aparecido Ferreira Filho responde a várias denúncias. Não consegue explicar coerentemente nenhuma. Deu um golpe de R$ 400 mil em uma idosa de Ribeirão Preto. Uma das suas várias empresas deu um calote em uma locadora de veículos, prejudicando uma cliente que já tinha pago R$ 90 mil adiantados. Dois empresários de Curitiba revelaram que Jairo se passava por representante de uma empresa que prometia fazer a articulação de pequenos e médios empresários junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para viabilizar empréstimos, que nunca aconteceram de fato. Um deles teve um prejuízo de mais de R$ 700 mil. As denúncias não param por aí. Segundo o partido Cidadania, Jairo escondeu quatro empresas da Justiça Eleitoral. Seu nome foi relacionado a golpes de pirâmide financeira que ultrapassam R$ 1 milhão, sem contar à multa que o TRE-PR lhe aplicou, de R$ 53 mil, por divulgar pesquisa falsa.

A lista de problemas do vice de Cristina é longa, mas vamos parar por aqui para falar da segunda personagem da imagem, Tatiane Lorenzetti Ferreira, esposa de Jairo. No início da semana foi divulgado que, durante a gestão dela na presidência da Provopar, em 2022, Tatiane teria tentado beneficiar mais uma empresa de Jairo, a Jusmind, assinando com ele um contrato de prestação de serviços que iria lhe render, a título de comissão, R$ 93 mil. Segundo a esposa de Jairo, somente o seu marido e a empresa dele, em todo o país, teria condições de cumprir o contrato. Uma busca rápida no Google, no entanto, mostra que existem centenas de empresas capazes de fazer o serviço para o qual a Jusmind seria contratada.

A terceira personagem é Cristina Graeml, candidata do PMB à Prefeitura de Curitiba. Uma jornalista com 34 anos de experiência, como ela gosta de dizer, que não resiste à famigerada prática de produzir notícias falsas, as famosas fake news. E quem diz não é o HojePR, mas a Justiça Eleitoral. Essa semana, o desembargador eleitoral Luiz Osório Moraes Panza, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), enquadrou Cristina e mandou a candidata do PMB retirar das suas redes sociais e dos programas eleitorais a notícia falsa de que a candidatura de Eduardo Pimentel contava com o apoio do PT. Segundo o desembargador, Cristina “lançou mão de fatos sabidamente inverídicos, ou fake News”, e determinou, ainda, que ela e seu vice problema não divulgassem mais a propaganda sob pena de pagamento de R$ 10 mil.

Além do “pito” do desembargador, veio a público a constrangedora revelação de que, diferente do que Cristina se gaba nas redes sociais e em entrevistas escolhidas a dedo, a jornalista não teve relevância nas reportagens que investigaram o caso de corrupção na Assembleia Legislativa conhecido como Diários Secretos. Segundo o ex-diretor da RPC da época das matérias, Wilson Serra, Cristina foi “mera coadjuvante”, escalada para gravar as matérias que eram preparadas por outros quatro jornalistas. Esses sim receberam o Prêmio Esso de Jornalismo. Cristina não.

Por último, na extrema direita da foto, aparece o atual companheiro de Cristina, o oficial de Justiça Anderson Sabara, que, estranhamente ao discurso radical da candidata do PMB, já disputou eleições pelo PT e pelo PV. É ele o sócio de Cristina na empresa que ela “esqueceu” de mencionar na sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, segundo denúncia do partido Cidadania.

As informações aqui relatadas contam uma pequena parte da história de cada um deles. Cristina e Jairo querem tomar a Prefeitura de Curitiba de assalto. Sem preparo, sem experiência, sem condições de administrar uma cidade do tamanho e da importância da capital paranaense e com o peso e a gravidade de carregar no currículo várias denúncias.

Para que não pairem dúvidas, ou para evitar que a candidata Cristina Graeml insista em seu discurso vitimista de que é alvo de notícias falsas (algo que a Justiça Eleitoral recusou em todos os processos que ela e sua campanham moveram) seguem os links das várias reportagens que comprovam as informações aqui citadas:

Pirâmide financeira, fraudes e golpes

Contrato com o Provopar

Diários Secretos

Notícias falsas

Empresa esquecida

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