O Governo do Paraná mandou nesta terça-feira (29) para o atual proprietário do Pinheirão uma notificação de desapropriação da área, declarada como utilidade pública pelo decreto 7.669/2024, assinado pelo governador Ratinho Junior. O Estado propõe para o espaço perto do Centro de Curitiba a construção de um Centro de Convenções com complexo hoteleiro que será fruto de um investimento da iniciativa privada, dentro de um modelo de Parceria Público-Privada.
A notificação comunica o proprietário da área de 124 mil metros quadrados que o valor proposto pela avaliação imobiliária da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) é de R$ 64,9 milhões. O documento também informa que o Estado está disposto a quitar o valor em parcela única, cujo prazo de resposta é 15 dias, com recursos da transformação da Copel em corporação.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Estado do Planejamento, via Paraná Projetos, contempla revitalização da área no bairro Tarumã, que está sem uso há 17 anos. Com o novo empreendimento, a expectativa é colocar a Capital no circuito de grandes eventos internacionais, levando a aumento de circulação de turistas e do PIB estadual. A previsão inicial é de que o antigo Pinheirão receba um investimento superior a R$ 1 bilhão.
A concepção da PPP está sendo desenvolvida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O estudo vai apontar o modelo de concessão da área para a iniciativa privada, que será responsável pela construção do conglomerado e poderá explorar o espaço, além das necessidades físicas, dimensionando o tamanho do Centro de Convenções e as outras estruturas do seu entorno, como arenas esportivas ou salas comerciais. Esse processo deve ser concluído nos próximos seis meses.
Pinheirão
O estádio foi construído pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). Ele foi idealizado como espécie de Maracanã de Curitiba e chegou a receber, além de jogos do Athletico e Paraná, partidas da Seleção Brasileira. Na virada do século ele deixou de ser utilizado e em 2012 foi comprado por um investidor em um leilão. Desde então a área não recebeu novos investimentos.
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