A busca por laqueadura – esterilização voluntária das mulheres – cresceu mais de 80% no país entre 2022 e 2023. Dados do Ministério da Saúde mostram que o salto na procura pelo procedimento se intensificou após a flexibilização da legislação, que estabelece regras para a cirurgia.
Hoje, a laqueadura pode ser solicitada por mulheres com idade mínima de 21 anos com capacidade civil plena, independentemente da quantidade de filhos vivos. A orientação, no entanto, é que antes da cirurgia, essas mulheres passem por:
• Avaliação da saúde: a paciente precisa ser avaliada clinicamente para garantir que não existem contraindicações ao procedimento;
• Aconselhamento: a mulher deve ser informada sobre a natureza irreversível da laqueadura e ter espaço seguro para esclarecer dúvidas.
Embora não seja mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização da cirurgia, há um prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o procedimento.
Para Lilian Lang, ginecologista e obstetra cooperada da Unimed Curitiba, este tempo é parte importante do planejamento familiar para que a mulher tenha segurança ao definir o seu futuro reprodutivo.
“A gente sabe que novos casamentos, perda de filhos, tudo isso tem uma influência nas decisões da paciente. Quando essa decisão é tomada durante a gestação existe também a influência hormonal. Esses 60 dias, portanto, são o tempo para que a mulher sedimente esta vontade e reflita se é realmente isso que ela quer”, aponta.
Muitas mulheres desconhecem a exigência deste prazo e a necessidade de manifestar o desejo pela cirurgia com antecedência.
“A grande maioria das gestantes, por exemplo, são atendidas por um médico no pré-natal e manifestam esse desejo logo nos primeiros meses de gravidez. Mas quando chegam ao hospital em trabalho de parto são atendidas por um plantonista que não a conhece e que não sabe desse histórico. Assim, o procedimento deixa de ser realizado por não haver base legal”, diz.
Por isso, a médica defende o registro dessa manifestação. “Já que é da sua vontade, vá ao cartório e faça um documento dizendo que você não deseja mais ter filhos e que optou pela esterilização.”
Reversão e outros métodos
A médica lembra que a taxa de sucesso na reversão da cirurgia é baixa e depende de uma série de condições como a preservação da trompa. “Tenho que pensar que se eu não me adaptei à pílula, por exemplo, posso parar de tomar. Mesma coisa com a injeção e o DIU. Porém a laqueadura é um método permanente”, atenta.
Por isso, é importante lembrar que existem outras alternativas contraceptivas, como:
• Anticoncepcional injetável mensal;
• Anticoncepcional injetável trimestral;
• Minipílula;
• Pílula combinada;
• Diafragma;
• Pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte);
• Preservativo feminino;
• Preservativo masculino;
• Anel vaginal;
• Adesivo;
• Implantes (Implanon);
• DIUs hormonais (Mirena e Kyleena) e
• DIUs não hormonais
Sobre a Unimed Curitiba
Unimed Curitiba atualmente é considerada a maior operadora de planos de saúde do Paraná, além de estar entre as maiores do Sistema Unimed. Atualmente conta com mais de 5 mil médicos cooperados de diferentes especialidades, que atendem mais de 640 mil clientes em Curitiba e municípios da região metropolitana. Possui a maior rede credenciada do estado com 377 prestadores, sendo mais de 240 clínicas e 50 hospitais – sendo um deles próprio, Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Além disso, também conta com 80 unidades laboratoriais, sendo 21 próprias, da Unimed Laboratório.
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