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‘Não posso esperar nada de uma equipe que usa criatividade’, reage Bolsonaro a indiciamento

21/11/2024
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Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após ser derrotado nas urnas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (21), que não pode “esperar nada de uma equipe que usa criatividade” para denunciá-lo e atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro compartilhou no X (antigo Twitter) a entrevista concedida por ele ao colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, logo após a confirmação do indiciamento. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”, disse, sobre o relator do inquérito que apura o envolvimento de Bolsonaro na trama golpista. Segundo ele, o ministro “faz tudo o que não diz a lei”.

O ex-presidente afirmou vai aguardar o advogado dele para entender o indiciamento e esperar o encaminhamento do relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse.

O ex-presidente indiciado se referia a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que publicou uma troca de mensagens entre assessores do gabinete de Moraes no Supremo e a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Use a sua criatividade… rsrsrs”, disse Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, para o chefe da AEED Eduardo Tagliaferro, sobre um levantamento para a formalização de uma denúncia contra “revistas golpistas para desmonetizar nas redes”.

Também foram indiciados pela PF o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, o ex-chefe do GSI general Augusto Heleno, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e mais 33 investigados nas operações Tempus Veritatis e Contragolpe.

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