O governo sírio caiu após uma ofensiva relâmpago dos rebeldes à capital, Damasco, durante a madrugada deste domingo, 08. Multidões foram às ruas para celebrar o fim dos 50 anos de governo da família Assad. A televisão estatal síria transmitiu uma declaração onde um grupo afirma que o presidente Bashar Assad foi deposto. Ele conseguiu fugir do país através do Aeroporto Internacional de Damasco para um local não divulgado antes dos insurgentes entrarem na capital e das forças de segurança nacional abandonarem o terminal aéreo.
Na TV estatal síria, foi lido um comunicado anunciando “a libertação da cidade de Damasco e a queda do tirano Bashar Assad”, bem como “a libertação de todos os prisioneiros detidos injustamente”. Também foi pedido aos combatentes e aos cidadãos para salvaguardarem “a propriedade do Estado sírio livre”.
Dezenas de pessoas manifestaram-se no centro de Damasco para celebrar a queda do regime, segundo imagens da AFPTV, e foram vistas imagens de pessoas pisoteando uma estátua de Hafez, pai de Bashar. Na Praça Umayyad, o barulho de tiros em sinal de comemoração se misturou aos gritos de “Allahu Akbar” (“Deus é o maior”).
Nas ruas da capital, rebeldes derrubaram e pisotearam uma estátua pai do presidente Bashar Assad, Hafez Assad, que governou a Síria desde 1971 até à sua morte em 2000, estabelecendo o regime brutal herdado por seu filho.
O primeiro-ministro da Síria, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou a um canal de notícias de propriedade saudita que falou pela última vez com o presidente Bashar Assad no sábado, 07, e que não conseguiu contatá-lo desde então. As forças rebeldes que entraram em Damasco disseram que trabalharão com al-Jalali.
Reação americana
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou estar monitorando de perto os “acontecimentos extraordinários” que ocorrem na Síria, informou a Casa Branca depois que um monitor de guerra afirmou que o presidente Bashar al Assad fugiu do país e os rebeldes declararam que haviam tomado a capital.
O anúncio foi feito pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, através de uma publicação no X.
(Com informações de AFP, AP e NYT)
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