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SAÚDE

Verão exige cuidados especiais com a pele

07/01/2025

Com a chegada do verão, cresce a preocupação com a dengue, doença que já atingiu 6,5 milhões de casos prováveis no Brasil em 2024, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Este número representa um aumento de 400% em relação ao mesmo período de 2023. No total, 5.536 pessoas perderam a vida em decorrência da doença neste ano, com outros 1.591 óbitos ainda sob investigação. Segundo o Painel, dada a tendência sazonal da dengue, os casos podem voltar a subir a partir de dezembro, com expectativa de pico entre março e abril de 2025. Esse cenário reforça a necessidade de intensificar medidas preventivas, como o combate ao mosquito transmissor, Aedes aegypti, e a vacinação.

Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Elisa Lino, a vacinação contra a dengue representa um dos maiores avanços no controle dessa doença que, anualmente, causa milhões de infecções e milhares de mortes no Brasil e em outros países tropicais. “Embora as medidas de controle do mosquito sejam essenciais, a vacinação é a forma mais eficaz de proteção individual e coletiva, especialmente em regiões onde a circulação do vírus é intensa”, afirma.

A vacina da dengue, chamada de Qdenga, é fabricada pela farmacêutica Takeda e conta com tecnologia inovadora que estimula a resposta imunológica contra os quatro sorotipos do vírus, proporcionando proteção abrangente. A vacina é destinada ao público de quatro a 60 anos, sendo aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Pessoas que não tiveram contato com o vírus poderão tomar a vacina. “Com a alta circulação dos sorotipos 3 e 4 prevista para 2025, é fundamental que a população elegível busque a imunização o quanto antes, prevenindo complicações graves e reduzindo o impacto da doença nos serviços de saúde”, reforça.

Proteção individual e coletiva

O coeficiente de incidência de dengue no Brasil em 2024 é de 3.221,7 casos por 100 mil habitantes, mais de 10 vezes acima do limite considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 300 por 100 mil. Esses números ficam ainda mais potencializados com a chegada do verão brasileiro, que com suas altas temperaturas e chuvas frequentes, cria condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti. “A vacina é uma ferramenta essencial para proteger indivíduos contra formas graves da doença, especialmente em um contexto em que os sorotipos 3 e 4 do vírus estão ganhando força. Essas variações da doença são particularmente preocupantes, pois grande parte da população ainda não foi exposta a esses subtipos, tornando-a mais vulnerável a complicações graves, como a dengue hemorrágica”, alerta Elisa.

Além disso, ao reduzir o número de pessoas infectadas, a vacinação diminui a circulação viral, protegendo também aqueles que não podem ser vacinados. Esse efeito de imunidade coletiva é fundamental para conter surtos e prevenir epidemias.

Prevenção de complicações

Elisa reforça que a dengue é uma doença imprevisível e que mesmo pessoas jovens e saudáveis podem evoluir para quadros graves, como choque hemorrágico e falência de órgãos. “A vacina reduz a chance de essas complicações ocorrerem, protegendo vidas e evitando sequelas a longo prazo, sendo um verdadeiro divisor de águas na luta contra a doença. Muitas vezes, a prevenção é subestimada até que a pessoa ou alguém próximo sofra com as consequências da dengue”, destaca.

Além disso, a enfermeira alerta para a importância das pessoas não esperarem até o início do verão ou o aumento dos casos para buscar a imunização. “Quanto antes nos protegermos, menores as chances de enfrentarmos uma epidemia tão devastadora quanto a que vivemos em 2024. A vacinação é um gesto simples, rápido e seguro que pode salvar vidas. Procure um serviço de saúde confiável para mais informações e não deixe para depois: a prevenção começa agora”, conclui.

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