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KARLA-CABECA-COLUNA

Será o fim da cultura “woke” no mundo corporativo?

22/01/2025

Muito tem se falado sobre o fim da “agenda woke” em gigantes como McDonalds, Meta, X, Amazon, Starbucks, Walmart, Toyota, Harley-Davidson dentre outras.

Mas vamos por partes, primeiro o que é a “Cultura woke”?

Esse termo, que ganhou destaque nos últimos anos, deriva do inglês “wake”, que significa “acordar”. Num contexto amplo refere-se a um movimento social que busca igualdade e justiça social. A cultura woke chegou a dominar o debate político americano em 2024.

Se a igualdade e a justiça social são ideais e tão desejados, por que algumas grandes empresas estão se afastando dessa cultura? A resposta é que essa abordagem possui dois lados: um, busca a justiça, defendendo que todos os grupos sociais devem ser tratados de forma justa, enquanto o outro levanta questões de divisão, sugerindo que a sociedade é segmentada em grupos que podem se sentir superiores moralmente, impondo suas ideias aos demais.
O que deveria ser inclusivo acabou gerando a chamada “cultura do cancelamento”, que promove boicotes e intolerância.

E sabem por que? Pesquisando sobre o tema encontrei políticas referentes a essa cultura e fiz um pequeno resumo, incluindo algumas consequências:

1. Conscientização Social: Promoção da conscientização e do reconhecimento de questões sociais como o racismo, homofobia, injustiças econômicas, entre outras formas consideradas discriminação. Com isso os olhares se voltaram a sensibilidade cultural, onde tudo é monitorado quanto a tratativas que descriminem raça, gênero e orientação sexual. Consequência, tudo é monitorado, porque tudo pode ser considerado ofensivo;

2. Inclusão e Diversidade: A ênfase na inclusão levou as empresas a priorizarem a contratação de grupos étnicos e de gênero. Embora essa abordagem tenha seu valor, é importante garantir que a meritocracia e as qualificações não sejam deixadas de lado;

3. Linguagem Sensível: criação de uma nova linguagem, com novos “termos neutros”, eliminando termos ou expressões que acreditam ser ofensivos. Isso impacta diretamente as empresas que tem que tomar muito cuidado com a forma de se expressar, sem desvalorizar ninguém. Consequência, tudo é monitorado, Isso gera um clima de medo, onde muitos hesitam em se manifestar ou escrever (me incluo nisso);

4. Educação e Conscientização: A luta pela educação sobre questões sociais e históricas levou as empresas a reavaliar suas políticas. No entanto, a consequência é que isso também resultou em divisões internas, quando o ideal seria promover a colaboração entre todos os funcionários, pois a empresa precisa trabalhar junta para ter mais resultado.

Mas e qual o impacto de todas essas mudanças para os clientes e para o resultado dos negócios?

Embora a cultura woke tenha trazido avanços em muitos ambientes de trabalho, também gerou debates intensos sobre possíveis excessos, polarizações e restrições à liberdade de expressão. Essas tensões se refletem na sociedade, criando um cenário em que a polarização afeta até o atendimento ao cliente.

O mundo corporativo precisa buscar um equilíbrio. É fundamental que as empresas adotem uma postura de neutralidade, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo, respeitoso e colaborativo para todos os funcionários, independentemente de raça, cor, credo ou orientação sexual.

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