Começo a coluna dessa semana usando o bordão do Galvão Bueno para expressar o quanto foi bizarro termos esse acontecimento no Campeonato Paranaense…
Quem acompanha nossas conversas semanais sabe que há tempos escrevo a respeito dos árbitros. Ou melhor, da ausência de formação dos árbitros.
E quem é seguidor do campeonato do Paraná, o famoso “Ruralzão”, sabe exatamente do que tratamos aqui. Impressiona o nível baixíssimo das arbitragens. Nos 3 quesitos: técnico, disciplinar e físico.
Sei que esse assunto chega a se tornar chato pois é recorrente. Ano após ano. Erro após erro.
A Federação até pode estar fazendo algo diferente (não tenho conhecimento para afirmar se sim ou não) para tentar formar melhores árbitros. Mas o fato é que, a cada safra, o “produto” vem piorando. Os homens do apito são motivo de chacota.
E isso denigre o espetáculo. Faz perder credibilidade. Afugenta patrocinadores. Enfurece os amantes do futebol.
Quando vemos que um árbitro (assessorado por 2 assistentes, um árbitro reserva e até um delegado da federação designado para orquestrar as atividades administrativas e operacionais da partida – súmula, por exemplo) não é capaz de refutar que uma equipe faça 6 alterações durante o jogo, não podemos acreditar que ele tenha o mínimo preparo. É muito óbvio, é muito elementar.
E o que acontece agora? Ninguém sabe o final!
Qual será o desfecho jurídico dessa “pataquada”? Impossível saber.
Mas é totalmente possível entender que haverá complicações e que o torneio poderá ser decidido em tribunais e não no campo, como sempre deveria ser. E aí a credibilidade vai para o brejo…
Com todo esse histórico, infelizmente, veremos os mestres do apito ainda fazendo muitas vezes exatamente aquilo que NÃO se espera deles. Não é difícil melhorar. Profissionalizar é o caminho. Vontade precisa existir para começar…
