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edmilson

Infodemia / Pandemia

11/02/2025

5 anos após o controle do Corona ficaram suas seqüelas. Físicas para alguns que tiveram uma experiência mais traumática e , emocionais para praticamente todos por tudo o que foi vivido. O isolamento a que fomos submetidos em forma de quarentena, diga-se de passagem, extremamente necessário no período proposto, trouxe algumas mudanças em relacionamentos. Aqueles relacionamentos que já eram saudáveis, provavelmente melhoraram, pois os casais puderam usufruir de um tempo que não tinham, em função da correria do dia a dia. Pais e filhos marcaram uma nova etapa em suas vidas, pela possibilidade da proximidade, da melhora do diálogo, da alegria da presença.

Porém, para aqueles relacionamentos que já vinham em um processo de desgaste, muito provavelmente tenham piorado. Isso dentro de uma lógica. Se a coisa já não esta boa quanto mais contato pior fica. Isso tanto entre os casais quanto entre pais e filhos.

Este é um resumo básico dos aspectos familiares que todos tivemos como resultado desse período. Há, porém, um outro aspecto crucial a que todos fomos submetidos, uns em menor grau e outros em grau maior, que é a “infodemia e a “pandemídia”, como batizei o título desse artigo. O excesso de informação à que fomos torturados, trouxe e traz suas seqüelas emocionais, dependendo da administração e gestão que cada um deu a tudo que lhe informaram e continuam informando. Isso foi visto na reação das pessoas aos materiais de proteção que, inicialmente, o medo lhes fez usar. Não era raro ver em mercados, farmácias ou mesmo na rua, seres quase alienígenas, tamanha a maneira bizarra que usaram para se proteger, face as informações recebidas por todos os canais da mídia, fora a capacidade individual de imaginação e criação.

Todos ficamos pós graduados em cloroquina, máscaras , álcool em gel, etc…

Alguns mais anti-sociais, aproveitaram o momento para distanciarem-se de vez de amigos e familiares. Outros, muito mais sociáveis, sofreram com o distanciamento e buscaram recuperar todo tempo perdido, com almoços , jantares , encontros festivos,visita a familiares e viagens, me incluo neste grupo.

O medo foi o principal sintoma observado. Quanto mais informação mais medo. Hoje entendo a frase que diz: “O melhor sono é o do ignorante”.

Como médico, vivenciei e vivencio no consultório o aumento dos casos de ansiedade e depressão.

As perdas de entes queridos. Problemas financeiros advindo dos períodos que tudo fechava ,enfim ,cada um teve uma vivencia muito pessoal e, por isso ,traz consigo as consequências fisicas e ou emocionais pertinentes.

Enfim, tivemos que nos reinventar em muitas coisas, criar um nova normalidade ,trabalhos remotos como relatei no meu último artigo, mudanças de empregos, mudanças de ramos de negócios etc….

Sou um otimista de plantão e , por isso, acredito piamente que o que não nos matou nos fortaleceu ,e assim, espero que todos nós possamos ,em algum momento , ficarmos melhores .Uma boa dica para atingirmos esse objetivo é, a cada dia , nos distanciarmos mais dos noticiários que insistem em propagar, ainda hoje , medo e preocupações exageradas.

Por ora deixo a todos o meu efusivo abraço, sem , claro, os maledetos 1,5 metros de distância.

Leia outras colunas do Edmilson Fabbri aqui.

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