A Honda Motor e a Nissan Motor oficializaram nesta quinta-feira, 13, em comunicado conjunto, o fim das conversas pela fusão das operações. As duas montadoras haviam anunciado a intenção de combinar os negócios no fim do ano passado.
O diálogo entre as empresas, no entanto, logo entrou em colapso. A Honda aceitou inicialmente realizar a fusão em termos equivalentes com a rival, mas depois passou a pretender transformar a Nissan em uma subsidiária.
A mudança de planos irritou o Conselho de Administração da Nissan, segundo uma pessoa familiarizada com as negociações.
No comunicado, as duas montadoras informaram ainda que vão manter a parceria voltada à tecnologia automotiva anunciada em agosto.
Histórico
A Honda e a Nissan assinaram, em dezembro de 2024, um acordo de intenções para dar início formal às negociações para a fusão das duas empresas. O objetivo inicial era discutir a combinação de suas operações sob uma holding, com um plano para concluir a fusão em agosto de 2026.
O acordo foi visto como uma salvação para a Nissan em particular. A Honda mantém um lucrativo negócio de veículos de duas rodas, mas ambas as montadoras estão lutando sob o peso da difícil e cara transição para veículos elétricos e carregados de software.
A Honda e a Nissan apresentaram o negócio como uma forma de compartilhar o ônus financeiro, desenvolvendo e investindo juntas em veículos de última geração. A Nissan vende mais de três milhões de veículos por ano, enquanto a Honda vende quase quatro milhões. Uma fusão os posicionaria como o terceiro maior grupo de montadoras do mundo, atrás da Toyota e da Volkswagen.
As negociações foram suspensas na semana passada, no dia 5, e o anúncio de seu fim foi divulgado nesta quinta.
Leia outras notícias no HojePR.