Seja bem-vindo a mais um dia de boas provocações! Aqui não falamos de inovação de um jeito frio e distante. Pelo contrário, queremos trazer esse conceito para mais perto da nossa realidade, mostrando como ele faz parte do nosso dia a dia. Então, pegue seu café, ajeite a postura e vem comigo!
Quando ouvimos falar de inovação, logo pensamos em grandes tecnologias, startups revolucionárias ou invenções mirabolantes. Mas a verdade é que inovar está muito mais presente na nossa rotina do que imaginamos. A inovação acontece quando resolvemos um problema de forma diferente, quando mudamos a maneira de trabalhar ou até quando encontramos um novo jeito de organizar nossa vida. No fundo, toda inovação nasce de uma inquietação — aquela vontade de melhorar algo que já existe.
O economista Joseph Schumpeter (1934) trouxe um conceito essencial para entender esse processo: a destruição criativa. Parece dramático, mas a ideia é simples: para que o novo surja, muitas vezes precisamos abrir espaço, deixando para trás aquilo que já não funciona mais. Foi assim que o streaming substituiu as locadoras de DVD e que os aplicativos de mobilidade mudaram a forma como nos deslocamos. Em outras palavras, inovação é sobre transformar, reinventar e criar um ciclo contínuo de evolução.
Segundo o Manual de Oslo (OECD, 2005), existem quatro tipos principais de inovação: produto, processo, marketing e pessoas. Mas inovar não é apenas sobre tecnologia, e hoje eu quero falar especialmente sobre pessoas, porque acredito que toda grande transformação começa por nós, perdendo o medo de inovar.
O medo de inovar
Se inovar traz progresso, por que sentimos tanto medo? Simples: mudar significa sair do conforto e enfrentar o desconhecido. No ambiente corporativo, existe o receio de errar, de não atingir as expectativas ou até de enfrentar resistência dos colegas e gestores. No próprio negócio, o medo surge da incerteza do retorno financeiro. E na vida pessoal, inovar exige repensar hábitos e encarar desafios que podem nos tirar da zona de conforto.
No fundo, o medo da inovação é o medo do fracasso, mas também da responsabilidade que vem com o sucesso. No entanto, a maior ameaça não está em tentar e errar, e sim em ficar parado enquanto o mundo continua avançando.
Como as inovações se espalham
A Teoria da Difusão da Inovação, de Everett Rogers (1962), explica que a adoção de novas ideias segue um processo em cinco etapas:
1. Conhecimento: tomamos ciência de uma inovação e buscamos informações sobre ela.
2. Persuasão: avaliamos suas vantagens e desvantagens.
3. Decisão: escolhemos adotar ou rejeitar a inovação.
4. Implementação: começamos a testar e ajustar a novidade.
5. Confirmação: avaliamos sua eficácia e decidimos se continuamos a usá-la.
Dentro dessa teoria, as pessoas são divididas em três perfis de adotantes da inovação:
• Inovadores: São os primeiros a experimentar novas ideias e costumam ser os grandes impulsionadores da mudança.
• Seguidores: Preferem esperar para ver se a inovação realmente funciona antes de adotá-la.
• Tradicionais: São os últimos a aderir, muitas vezes por resistência à mudança.
Agora, se eu te dissesse que todos esses perfis são importantes? Sim, isso mesmo, porque a inovação não acontece sozinha. Ela precisa daqueles que testam, daqueles que validam e daqueles que ajudam a consolidar a mudança. Afinal, inovação não é sobre correr para frente sem olhar para os lados — é sobre criar soluções que façam sentido para todos.
Seja qual for o seu perfil, uma coisa é certa: o mundo está em constante transformação, e inovar é o que nos permite seguir em frente. Então, que tal dar um passo além e encarar a inovação como um convite, e não como uma ameaça?
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