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GLENN-CABECA-COLUNA

Ednaldo, o cara!

02/04/2025

Falei semana passada com presidente de clube, amigo feito nos tempos de futebol. Ele estava presente na “eleição” do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. E me contou como foi.

Óbvio que não houve eleição. O eventual candidato oposicionista, Ronaldo Fenômeno, foi retirado do processo, antes mesmo de entrar, pelos presidentes das federações regionais. Continuarão elas recebendo mensalmente um bom valor financeiro pelo apoio dado ao agora Presidente até 2030.

Como o voto qualificado das federações suplanta a somatória dos votos dos clubes das séries A e B, restaram aos clubes dois caminhos. Entrar no mesmo barco ou se insurgir e, eventualmente, arcar com as consequências dessa insurgência no mínimo até 2030.

Moral da história. Nenhum voto contrário.

No discurso de posse um replay do discurso da última (que participei e relatei aqui). Recheado de conteúdo social. Repito que não acho que esses assuntos devam estar fora de pauta. Mas acho também que os métodos e processos para melhorar a Seleção, os campeonatos, os clubes, as ligas, os árbitros, enfim, o business, deveriam ter um tempo muito maior de atenção.

Com isso tudo consumado, pós “eleição”, tivemos o maior vexame já obtido pelo nosso selecionado em uma disputa de eliminatórias para alguma Copa do Mundo. Surpresa? Nenhuma! Afinal o mais do mesmo se dará até 2030.

Na última sexta-feira ele demitiu o treinador. Isso mascara, tira a atenção dos problemas estruturais que vem sendo apontados já há muito tempo e que não serão resolvidos de hora para outra.

Como dinheiro jorra nos cofres da confederação, nada mudará. O sistema permanecerá igual. O produto não precisará ser melhorado para que não perca receita.

Quem acompanha e gosta de seleção brasileira não deve ter muita expectativa para o futuro…

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