Início da década de 1970, e o rock’n’roll pulsava na Terra da Rainha. Já conhecidíssimos por lá, e com três álbuns lançados, o Led Zeppelin se isolou em uma casa de campo em Hempshire, a Headley Grange, para gravar o seu quarto álbum. Então, em 8 de novembro de 1971, lançava o intitulado “Led Zeppelin”, também conhecido como “Led Zeppelin IV”. E a banda alçou o estrelato. Com um álbum sólido e coeso, marcaram a década e também o rock no mundo todo.
O álbum inicia com a fabulosa “Black Dog”, com Robert Plant, a cappella, mostrando todo seu potencial vocal. As guitarras de Jimmy Page são inconfundíveis. E a bateria de John Bonham é alucinante.
Segue com a maior homenagem ao ritmo que aqui escrevo. “Rock and Roll” é uma ode ao ritmo frenético e arrasador que tanto me contagia. Que batida espetacular. Novamente John Bonham arrasa nas baquetas. O riff da guitarra de Page é estratosférico. E o piano do ilustre convidado Ian Stewart, pianista dos Rolling Stones, é inconfundível.
“The Battle of Evermore” tem um arranjo maravilhoso de bandolim e Plant divide os vocais com Sandy Denny, vocalista da banda britânica Fairport Convention. É de uma doçura incrível.
E para fechar o lado A da bolacha, “Stairway to Heaven”. Um hino, que marca a banda até hoje. Tem várias partes distintas, porém unidas por uma sonoridade ímpar. A flauta no início e o piano elétrico são tocados pelo baixista John Paul Jones. O solo de Page é feito com uma guitarra Fender, presenteada pelo guitarrista Jeff Beck. É uma das músicas mais tocadas e conhecidas no mundo. É o grande destaque do álbum, que vendeu mais de 37 milhões de cópias.
O lado B começa com “Misty Mountain Hop”, novamente com o piano elétrico de Jones. E a voz rasgada de Plant se sobressai. Uma maravilha sonora.
“Four Sticks” tem uma levada mais pesada, com destaque para a levada de Bonham na bateria. Jones toca um sintetizador analógico.
A acústica “Going to California” vem em seguida para acalmar os ânimos, com um violão bem leve e os vocais de Plant dando uma tranquilidade em quem escuta. Uma pérola.
O álbum encerra com “When the Levee Breaks”, um hard blues lento e pesado. O destaque vai para a bateria de Bonham, com seu peso e harmonia fantásticos.
“Led Zeppelin IV” é um dos álbuns mais essenciais para o rock’n’roll. Uma obra espetacular e atemporal. Uma curiosidade: é o primeiro álbum em que aparecem os símbolos dos membros da banda.
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MARCUS VIDAL é graduado em Engenharia Florestal, Mestre em Métodos Quantitativos e Doutorando em Administração. Professor de Matemática e Estatística do Ensino Médio e Ensino Superior. Um apreciador do bom e velho rock’n’roll. Estudioso da arte dos bons sons, o que inclui o heavy metal, o hard rock e as grandes bandas e seus álbuns antológicos. Colecionador de algumas raridades. Escreve sobre o tema há mais de 10 anos.