Depois de acidente, CGE faz vistoria no ferry boat. E não gosta do que encontra
Menos de 24 horas depois do acidente entre duas embarcações do ferry boat paranaense, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) esteve no Litoral para vistoriar o serviço de travessia da Baía de Guaratuba. Algumas situações atípicas foram constatadas, como a falta de uniformização da empresa que assumiu o serviço e de avisos de segurança aos usuários.
O diretor de Auditoria, Controle e Gestão, Gil Souza, explicou que a situação encontrada na manhã desta segunda-feira estava aquém do esperado. “A reforma de um atracadouro tem prejudicado o fluxo de embarcações e, consequentemente, das pessoas que precisam fazer a travessia diariamente”, constatou.
As informações vão basear um documento que será entregue ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná.
Essa foi a primeira inspeção da CGE na travessia desde que nova empresa assumiu o serviço, em caráter emergencial. “O resultado desse trabalho será encaminhado ao DER, à Marinha do Brasil e à Agência Reguladora, além da própria empresa, para que os problemas levantados sejam corrigidos, garantindo a segurança e a tranquilidade da travessia”, afirmou o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira.
Segundo ele, o próprio governador solicitou atenção especial ao problema da Baía de Guaratuba. “São questões que precisamos cobrar de maneira que o contrato seja efetivamente cumprido”, completou Siqueira. A nova empresa opera em regime de permissão, conforme contrato assinado no começo de março. Está prevista para este ano uma nova licitação.
Segundo o governo do Estado, o contrato possui as mesmas exigências daquele feito com a empresa BR Travessias. O acordo foi interrompido por descumprimento contratual, comprovado pelas reclamações recebidas pela Ouvidoria e pelas inspeções periódicas feitas pela CGE, por meio do programa CGE Itinerante. A empresa teria recebido mais de 200 autos de infração do Governo do Estado.
