Pedágio, subsídio do transporte público, manifestações do funcionalismo, gastos com publicidade. Vai ser longa a lista de ataques que o governador Ratinho Junior vai enfrentar nessa eleição. Nessa semana que entra o governador vai receber tiros sobre o pedágio, transporte coletivo e continuar o ataque do funcionalismo, em especial dos policiais.
O governo estadual tem feito um esforço para diluir as críticas. Com o pedágio, deu o assunto como encerrado, ao esperar uma resposta do governo federal, desconsiderando que o tema não foi bem discutido e tem grandes dúvidas. Fez o mesmo com o subsídio do transporte publico, dado para Curitiba, deixando outras regiões metropolitanas sem o mesmo benefício.
Com o funcionalismo, votou uma proposta de reestruturação do quadro das polícias, que não agradou as categorias militar, civil e científica. Tem também a notícia da construção da ponte de Guaratuba, que veio para ofuscar o problema do ferry-boat.
O governador atropela discussões e joga cortinas de fumaça nos temas. Essa tática pode funcionar e ajudá-lo nessa eleição. No entanto, os movimentos que reverberam esses problemas vão continuar até novembro. E pior, vão continuar em um provável segundo turno. Uma hora será preciso sentar e falar sobre as notícias ruins.
O pedágio traz a questão dos inflacionários degraus tarifários, sem contar das 15 novas praças de pedágios que precisam ser definidas. A ajuda ao transporte da capital, em detrimento de outras regiões metropolitanas, se agrava quando se vê que Curitiba aumenta tarifas e diversas cidades estão custeando o transporte para ajudar a população. E será preciso resolver definitivamente dois problemas no Litoral, o ferry-boat e a Ponte de Guaratuba, que vivem apenas de promessas e falta de concretude.