O Brasil acaba de perder um grande homem: Igor Kipman. Ele faleceu nesta terça-feira (3), vítima de um AVC. Engenheiro agrônomo, torcedor do Coxa, diplomata e chefe escoteiro, Kipman era conhecido por ser um homem afável e muito acessível, de uma inteligência admirável e um grande líder.
Este curitibano, que nasceu em 1951, foi diplomata em diversos países, representando o Brasil na Itália, nos EUA, na República Dominicana, no Haiti, na Suíça e em Portugal. Nos últimos anos, ocupava a função de chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná.
Kipman graduou-se Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Paraná em 1972. Exerceu a profissão até 1976. Durante toda a década de 1970, atuou também como professor, diretor e sócio-proprietário da concessão do CCAA (Centro de Cultura Anglo-Americana) no Paraná.
Em 1981 ingressou, por concurso público, no Instituto Rio Branco e em dezembro de 1982 tomou posse como terceiro-secretário da carreira de diplomata. Ao longo da carreira, atuou em Roma, como Representante Alterno do Brasil junto à FAO; em Miami, como Cônsul Adjunto; e em São Domingos, como Conselheiro da Embaixada. Desempenhou também missões eventuais como Encarregado de Negócios das Embaixadas no Senegal, Trinidad e Tobago, Haiti, Guiana e no Consulado-Geral em Atlanta.
Em Brasília, Igor Kipman atuou na Divisão de Estudos e Pesquisas de Mercado, na Secretaria de Imprensa do Ministro de Estado e na Coordenação de Modernização e Planejamento Administrativo. A partir de 2003, chefiou a Divisão do México, América Central e Caribe.
De 29 de fevereiro de 2008 a 21 de fevereiro de 2012, exerceu a função de Embaixador do Brasil perante a República do Haiti. Foi um período de grandes desafios, com instabilidade política quase constante, furacões e um terremoto devastador que fez mais de 200.000 vítimas, dentre as quais 22 brasileiros. Como representante maior do Brasil no país, Igor Kipman manteve estreita coordenação com o comando militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), sempre a cargo de general brasileiro, e com os milhares de soldados de nosso país que contribuem para a preservação da paz.
Igor Kipman exercia, desde o dia 5 de março, a função de Embaixador perante a Confederação Helvética e, cumulativamente, junto ao Principado do Liechtenstein.
Desde 29 de junho de 1964, Igor Kipman integrava o movimento escoteiro, tendo ocupado variada gama de cargos e funções na União dos Escoteiros do Brasil, culminando por ser eleito, em três ocasiões, Escoteiro-Chefe do Brasil. Em todos os países onde serviu, participou das atividades das Associações escoteiras locais, sempre promovendo o intercâmbio de conhecimentos e a divulgação da cultura brasileira.
Igor Kipman era casado com Roseana Aben-Athar Kipman e tinha três filhos e quatro netos. É fluente em inglês, francês, espanhol e italiano. Apesar de morar há décadas fora de sua cidade natal, nunca deixou de ser torcedor leal e apaixonado do Coritiba.
Que D’us o proteja e leve a grande fogueira no céu, com os outros irmãos escoteiros. Chefe Kipman, sempre alerta!
Tive a honra de integrar em 2009 a equipe de segurança do Embaixador Igor Kipman e de dona Roseana ,Que Deus o tenha ..e possa considerar o quanto tanto ele quanto dona Roseana foram pra todos nos naquele periodo..Deus conforte e ampare. Chefe Igor que Deus tenhaum lugar pro senhor..