Não foi só festa o dia da filiação do prefeito Rafael Greca ao PSD. Algumas decisões foram tomadas em reunião fechada. A coluna não teve acesso a tudo, mas uma coisa chamou atenção. Houve um pedido comum do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e do governador Ratinho Junior ao prefeito de Curitiba: a partir de janeiro de 2023, toda a força será para Eduardo Pimentel.
Kassab e Ratinho firmaram um compromisso com Greca: caso ele se torne viável para 2026, terá o apoio para seguir seu plano de ser governador do Paraná. Greca vai receber o que deseja: a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (SEDU), onde vai abrigar parte de seu grupo político. Essa entrega de chave acontecerá quando Greca decidir o momento de assumir o cargo no governo estadual.
No entanto, o acordo só terá validade se o prefeito deixar o vice-prefeito, Eduardo Pimentel, abrir as asas e organizar a sua eleição, iniciando o trabalho em 2023. Será um grande desafio para o próprio Pimentel.
Dentro do partido, nos bastidores do mundo empresarial e entre as entidades de classe, Pimentel é quase uma unanimidade. Mas na periferia, onde vive o povo, aqueles que elegem os políticos, o vice-prefeito precisa ganhar corpo e estar presente. E nesses lugares, Pimentel precisa autonomia e poder para atender as demandas sociais. E essa é a chave que Greca precisa entregar a Pimentel. É a chave que obriga os secretários a obedecerem os pedidos dele, sem que haja represálias causadas por ciumeiras da equipe de Greca com relação a Pimentel.
