Segundo alguns economistas as medidas do governo federal e do Congresso Nacional para zerar impostos e tributos federais sobre combustíveis até o fim deste ano podem até conter a inflação em 2022, mas devem pressionar os preços em 2023, ou seja, mesmo que essa medida barre a inflação em 2022, irá afetar a inflação de 2023.
Como exemplo, em março, o Congresso aprovou a lei que zerou até o fim deste ano os tributos federais sobre diesel e gás de cozinha. Foi sancionada também a lei que limita o ICMS sobre vários itens, entre eles o combustíveis. A lei zera, neste ano, os impostos federais sobre gasolina, álcool e Gás Natural Veicular (CNV). Entretanto, em todos os casos, os impostos voltam a subir em 2023.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) já definiu que a meta de inflação para 2023 é de 3,25%, sendo que é considerada cumprida a meta se oscilar de 1,75% a 4,75%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, porém, admitiu na semana passada que a inflação em 2023 vai ficar acima do centro da meta, isto é, acima de 3,25%, mas acrescentou que a instituição adotará medidas para tentar deixar a inflação abaixo de 4%.
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