Dia mundial do rock!! Hoje lembraremos um álbum poderoso: Appetite For Destruction, do Guns N’ Roses, primeiro da conturbada carreira da banda. É um dos melhores álbuns de estreia que uma banda poderia lançar. Esse álbum já vendeu mais de 40 milhões de cópias no mundo. Lançado em 21 de julho de 1987, com produção de Mike Clink, fez o maior estardalhaço na época. Até quem não gostava de hard rock passou a gostar, devido ao trabalho inicial da banda.
O “start” é dado por Welcome To The Jungle e suas guitarras poderosas. A voz de Axl é estridente e ritmada. Seus berros são sensacionais. Um dos melhores agudos do rock. A bateria de Adler é veloz e ritmada. A canção se desconstrói para Axl mostrar todas as suas habilidades vocais. É realmente uma canção poderosíssima. “I wanna watch you bleed!”.
It’s So Easy começa com muita guitarra e bateria. A voz de Axl está mais grave e, em alguns momentos fica suave. A guitarra de Slash não cansa de solar. Um espetáculo.
Nightrain apresenta mais guitarras pesadas e um baixo cadenciando toda a canção. É ele quem dá as cartas. E o solo de Slash é arrasador. Mas Izzy segura bem a canção com sua guitarra rítmica.
Out Ta Get Me já começa com um solo maravilhoso de guitarra. Slash destrói. O baixo de Duff é pesado. E Axl arrasa cantando: “They’re out ta get me, they won’t catch me”.
Mr. Brownstone começa com uma bateria tribal e uma guitarra estonteante. É a melhor do álbum. Baixo firme e linear. Axl declama a letra: “We’ve been dancin’ with Mr. Brownstone, he’s been knockin’, he won’t leave me alone”.
Paradise City é espetacular. Guitarra dedilhada e a bateria sendo marretada. “Take me down to the Paradise city, where the grass is green and the girls are pretty!”. A guitarra base de Izzy é formidável. E Slash dá outra aula de como solar. Matadora.
My Michelle é pesada. Muito peso nas suas harmonias. Axl berra a letra. As guitarras descompassam a canção. E é maravilhosa.
Think About You segue a mesma linha da anterior. Porém é um pouco mais rápida, com o vocal mais cadenciado. Mas as guitarras mandam. Mandam muito. Mesmo.
Sweet Child O’ Mine é o grande sucesso do álbum. Executada inúmeras vezes. E se tornou um dos maiores riffs do rock. Seu início, com a guitarra de Slash e o baixo potente de Duff, são memoráveis. Seu refrão é inesquecível. “Oh oh oh, sweet child o’ mine. Oh oh oh sweet love of mine”. O solo é um dos cinco melhores da história do rock. Sem dúvida.
You’re Crazy é rápida. Muito rápida. Um trash metal melódico e arrasador. Guitarras velozes e bateria speed metal. Sensacional. Ganhou uma versão mais lenta no álbum seguinte ‘G N’ R Lies’.
Anything Goes tem efeitos, pedais e percussão. Soa estranha no começo, mas é uma boa canção. Tem uma guitarra legal.
Rocket Queen encerra o álbum de maneira majestosa. Tem um baixo matador, com uma levada meio hard, meio blues. Uma das melhores do disco. Seu descompasso é formidável. Seu final é puro hard blues. A capa original do álbum representava uma cena de estupro, que logo foi banida das lojas dos EUA. Então a banda teve que mudar para uma menos “agressiva”. Apresentava os membros da banda em forma de caveira. Axl tem esta figura tatuada.
Depois vieram mais álbuns. Bons álbuns. O grupo se desmantelou e Axl recrutou novos membros, gravando álbuns pífios. Porém essa volta com alguns membros não me engana. O melhor ficou lá trás. O rock ficou lá trás. O bom e velho rock’n’roll.
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Guns e Metallica, mesmo com todas as críticas, foram os verdadeiros responsáveis pela popularização do rock mais pesado, seja isso bom ou ruim para os defensores e detratores. Apesar de nem sempre gostar ou concordar, admiro bandas que se reinventam e que sabem comunicar, no fundo, objetivo de todo artista.