Até o momento a eleição presidencial deste ano tem doze candidatos. Mas duas candidaturas podem ser abortadas antes da data limite do dia 15 de agosto, quando termina o prazo de registro das candidaturas.
Um dos candidatos que vai recorrer a Justiça Eleitoral é o coach Pablo Marçal (Pros). Mesmo com o nome aprovado em convenção, foi rifado por causa da guerra interna do seu partido. Em 24 horas, o partido teve dois presidentes. Agora o Pros está indo para apoiar a campanha do PT.
Outro que lançou a sua candidatura mas terá o registro questionado é o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Ele, tecnicamente, está inelegível porque foi condenado no escândalo do mensalão e ainda não cumpriu o prazo de oito anos de suspensão dos direitos políticos após o cumprimento da pena. Mas, como ele recebeu indulto presidencial em 2016, alega que recuperou a condição de poder se candidatar, mas isso certamente terá que ser avaliado pela Justiça Eleitoral.
Se esses dois candidatos não puderem concorrer, a disputa de 2022 terá três candidatos a menos que a de 2018.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
– Disputa a sua sexta eleição à Presidência da República. Ficou em segundo lugar em 1989, 1994 e 1998 e venceu em 2002 e 2006. Terá o apoio formal de PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL, Solidariedade e Avante. O vice será o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
Jair Bolsonaro (PL)
– Foi eleito em 2018 e vai disputar a reeleição. Terá o apoio formal dos partidos do Centrão (PL, PP e Republicanos), mas ainda pode atrair outras legendas menores. O vice será o ex-ministro e general Walter Braga Netto (PL).
Ciro Gomes (PDT)
– Disputa a sua quarta eleição presidencial – concorreu antes em 1998, 2002 e 2018 e nunca chegou ao segundo turno. Tem, por ora, só o apoio do PDT e vai reeditar, como há quatro anos, uma chapa puro-sangue: sua vice será a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos.
Simone Tebet (MDB)
– Senadora, já foi prefeita de Três Lagoas (MS) e vice-governadora de Mato Grosso do Sul. Atraiu para a sua aliança o PSDB, o Cidadania e o Podemos. A vice será a também senadora Mara Gabrilli (PSDB).
Soraya Thronicke (União Brasil)
– Senadora por Mato Grosso do Sul, teve a sua candidatura confirmada nesta sexta-feira. O seu vice será o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, também do União Brasil. O partido tem o maior tempo de TV e o maior caixa eleitoral, mas por enquanto não tem nenhuma aliança.
Luiz Felipe d’Avila (Novo)
– Cientista político, já foi filiado ao PSDB e disputa a sua primeira eleição. Seu vice será o deputado federal Tiago Mitraud, também do Novo.
Vera Lúcia (PSTU)
– Cientista social, já foi candidata a presidente em 2018, quando teve 0,05% dos votos válidos. Sua vice será a indígena Kunã Yporã, também conhecida como Raquel Tremembé.
Leonardo Péricles (Unidade Popular)
– Militante de movimentos sociais de moradia, disputa a primeira eleição presidencial – em 2020 foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte em aliança com o PSOL. O seu vice será Samara Martins, do mesmo partido, o mais novo na corrida presidencial (foi registrado em 2019).
Sofia Manzano (PCB)
– Economista e professora, disputa a sua primeira eleição. O vice é o jornalista Antônio Alves, do mesmo partido. Não há coligação com nenhuma outra legenda.
José Maria Eymael (DC)
– Ex-deputado federal, ele vai para sua sexta eleição presidencial. Seu melhor desempenho foi em 1998, quando obteve 0,25% dos votos válidos. O seu candidato a vice ainda não foi definido. Não tem aliança com nenhum outro partido.