É oficial: o Brasil é o país com o maior índice de ansiosos do mundo (9,3% ou 18 milhões de pessoas), segundo levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde). O país ocupa ainda o terceiro lugar em número de depressivos (5,8% ou 11 milhões), próximo dos EUA e da Austrália (5,9%).
Outra pesquisa, desta vez do Datafolha, divulgada em julho deste ano, indica que 34% dos estudantes têm apresentado dificuldade para controlar as emoções desde desde o retorno às aulas presenciais. O número é 40% maior entre estudantes do Ensino Médio.
No mês de setembro as atenções se voltam à saúde mental nas instituições de ensino. Muito mais que alertar para os índices cada vez maiores de suicídio, porém, o Setembro Amarelo serve para que pais e educadores mantenham-se atentos às emoções dos alunos, afim de garantir maior qualidade de vida.
Pensando nisso, a Faculdade Herrero, associada ao Sinepe/PR, idealizou um gesto simples que pode ajudar muitos dos que passam diariamente pelo saguão do campus: um mural em formato de árvore, no qual – ao invés de folhas – bilhetes escritos pelos próprios alunos trazem mensagens de incentivo e significado. A ideia foi da própria diretoria da universidade.
“O tema é sensível e merece toda a atenção nas instituições de ensino, para que educadores e gestores saibam como contornar a questão de forma acolhedora e compreensiva, principalmente diante do aumento significativo do número de alunos com ansiedade”, afirma Sergio Herrero, diretor da faculdade.
Para Douglas Oliani, presidente do Sinepe/PR, as escolas e universidade são espaços de convivência e transformação e devem buscar trabalhar em sintonia com a rede familiar para compreender melhor as dificuldades e frustrações dos jovens. “A escola e a família são as bases da formação. Como tal, somam-se. Por este motivo a abordagem dos temas voltados à saúde mental deve ser feita em parceria entre tais entes, com bastante atenção, troca e escuta”, finaliza.