Essa semana recebi a menção de uma amiga num post numa rede social: “Fotografia mostrando mineradores em um elevador superlotado deixando uma mina de carvão na Bélgica no ano de 1900, depois de uma longa jornada de trabalho. Na época dizia-se que um minerador nunca mais veria a luz do sol depois que começasse a trabalhar em uma mina, a não ser que faltasse ao trabalho: quando ele entrava para a mina ainda não tinha amanhecido e quando saía já tinha anoitecido, de segunda a segunda, sem folga semanal”.
Isso realmente me fez pensar. Quantas e quantas vezes trabalhamos de sol a sol, para manter nosso emprego, mas usamos isso para conquistar status?
Quem aqui não se vangloriou por ter virado a noite toda trabalhando?
Vivi épocas em que isso era normal e minha geração se enaltecida por essa bravura.
“Cor de escritório” era como justificávamos a cor pálida de uma pele sem sol… Fracos em vitamina D nos acostumamos a uma jornada dura de trabalho.
Crescemos, aprendemos, apanhamos… Alguns ainda se mantem a duras penas no mercado, outros agora se destacam no mundo do empreendedorismo ou vivem como PJs para atender ao novo mercado.
Diferente da geração dos nossos pais, nossa geração já não se aposenta mais no primeiro emprego, idade e tempo de serviço não significam altos postos de trabalho e poucos são aqueles que ainda ficam mais de 15 anos na mesma empresa.
Ainda no início dos anos 2000 conheci profissionais que mesmo chamando outros de “acomodados” viviam anos e anos protegidos atrás de uma mesa de trabalho gerenciando suas ações na bolsa, ao invés de gerenciar sua equipe, mantendo a pose e se esquivando da responsabilidade, mantido na empresa seja por dó ou por pena pela proximidade da época da aposentadoria, mas muito pouco pela por competência.
Mas também em 2000 chega ao mercado a nova geração, a geração Y que “chegou chegando”, mudando as regras no mercado de trabalho. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, essa geração já sabia que as regras do passado não funcionavam.
Conhecidos como folgados, distraídos, superficiais e insubordinados essa geração nasce a partir de 1985.
No trabalho, os estagiários recém-contratados não admitiam mais trabalhos secundários como “tirar cópias” ou “arquivar contratos” e mesmo como estagiários já pulavam de um emprego para o outro, priorizando o aprendizado e as relações humanas.
Agora essa geração na fase madura, acima de 35 anos, é que encontra dificuldades em reter profissionais, seja em suas próprias empresas, seja em equipes que precisa gerenciar!
A solução?
Nunca foi tão grande a procura por desenho de processos, organização e controle!
As empresas entenderam a importância de processos definidos em todas as áreas desde a produção até o administrativo. Controles, indicadores de desempenho, organização, políticas, métodos, rotinas.
Mas e o RH? Esse departamento nunca teve tanta importância!
Hoje mais do que nunca precisa estar super antenado no mercado de trabalho, atuando como “Business Partner” (Parceiro de Negócios) tendo uma profunda visão do negócio e atuando como um consultor para a organização, trazendo ainda mais estratégia para a gestão de pessoas.
Além de garantir processos elaborados de busca, contratação e retenção de talentos, oferecer às equipes programas de treinamento e desenvolvimento constante, com especialistas de mercado, além de ficar sempre atentos ao clima organizacional a ao ambiente de trabalho.
Viva os novos desafios!