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Parlamentares paranaenses que eram contra o Fundão já pegaram quase R$ 14 milhões

15/09/2022
alvaro

Em janeiro deste ano, quando o Congresso aprovou o reajuste do Fundo Eleitoral, o Fundão, nove parlamentares paranaenses – oito deputados federais e um senador – divulgaram, em suas redes sociais, opiniões criticando esse recurso e o aumento efetuado, que elevou o valor para R$ 5,7 bilhões.

Para confirmar, basta dar um Google e ver frases de Filipe Barros (PSL), Rubens Bueno (Cidadania), Diego Garcia (Podemos), Gustavo Fruet (PDT), Luizão Goulart (Republicanos), Sargento Fahur (PSD), Paulo Martins (PL) e Aline Sleutjes (Pros), além do senador Alvaro Dias (Podemos). O que disseram antes, no entanto, não vale mais. Em plena campanha, esses parlamentares já pegaram R$ 13,8 milhões do fundão.

Vale ressaltar que esses candidatos ainda podem obter mais recursos do fundo eleitoral, pois há a possibilidade de os partidos irrigarem mais dinheiro em suas campanhas. Nas eleições deste ano, o Fundão conta com o maior orçamento da história, com R$ 5,7 bilhões para financiar todas as campanhas.

Entre os parlamentares paranaenses, o maior valor foi recebido pelo senador Alvaro Dias (Podemos), R$ 4,4 milhões. Em janeiro passado, o senador chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para impedir a atualização do valor do fundo. Em sua pré-campanha, destacou que lutou contra o Fundão, por entender que esse recurso devia ser usado para a população.

O deputado Paulo Martins, que hoje disputa o Senado, também tuitou contra o fundão. No entanto, já recebeu R$ 2 milhões e não mais fala do assunto, desde que começou a sua pré-campanha. Entre aqueles que concorrem à Câmara, Filipe Barros (PL) recebeu R$ 2 milhões do fundo, apesar de se valer de um discurso moralizador e contra o fundo. Logo em seguida tem Rubens Bueno (Cidadania), que recebeu R$ 1,750 milhão da cota do Cidadania (confira os demais candidatos na tabela abaixo).

Conhecido como “fundão”, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi criado em 2017 com o objetivo de financiar as campanhas eleitorais, após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir doações de empresas para campanhas políticas.

 

Confira os repasses feitos aos candidatos contrários ao Fundão

Candidatos ao Senado

• Alvaro Dias (Podemos): R$ 4,4 milhões
• Paulo Martins (PL): R$ 2 milhões
• Aline Sleutjes (Pros): R$ 240 mil

 

Candidatos à Câmara

• Filipe Barros (PSL): R$ 2 milhões
• Diego Garcia (Podemos): R$ 800 mil
• Sargento Fahur (PSD): R$ 1,720 milhão
• Rubens Bueno (Cidadania): R$ 1,750 milhão
• Gustavo Fruet (PDT): R$ 600 mil
• Luizão Goulart (Republicanos): R$ 353 mil

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