Ser mulher é fácil e difícil ao mesmo tempo. No instante em que passamos por situações de vulnerabilidade, damos mais um passo em direção à novas conquistas. Vivendo em grupos predominantemente masculinos, desde quando era piloto de carro de corrida até hoje, onde piloto uma Harley com mais de 300 kgs, percebo o quanto essa dicotomia de fragilidade ou força definitivamente não se aplica a nós.
Das lições que aprendi sendo mulher, em primeiro lugar está a maior delas: aprender a estabelecer limites. A maioria dos momentos em que me senti desrespeitada foi quando não soube quais eram os meus limites ou não soube impô-los da maneira correta. Saber dizer não é essencial para nós mulheres, mas entendo as dificuldades em dizê-lo. Seremos julgadas pela indisponibilidade e sentiremos que nossas escolhas sempre terão um peso maior. Apesar disso, no minuto em que aprendemos a estabelecer limites, o outro passa a nos enxergar com mais valor e determinação, adjetivos fundamentais no mundo hoje.
Aprendi também que a insegurança está registrada em nossa história, pois houve um tempo em que precisávamos competir com outras mulheres para sermos escolhidas para casar. Arrisco dizer que até hoje lutamos para sermos melhores em tudo e isso é muito inconsciente. Nós observamos e repetimos o comportamento das nossas mães, que faziam o mesmo com as mães delas, logo, chegou a hora de revermos nossos conceitos. Através desse aprendizado, todos os dias busco uma maneira de quebrar esse padrão, apoiando outras mulheres e mostrando a elas o quanto somos melhores quando caminhamos lado a lado.
Apesar de muitos ainda não acreditarem em nosso potencial e do desrespeito que ainda vivenciamos, estamos crescendo e conquistando nosso espaço, do nosso jeito, através das nossas singularidades. O mundo, em passos lentos, tem olhado mais para nós, por isso, nesse mês de outubro, esteja pronta para impor seus limites, aprenda a lidar com as críticas e pare de competir com outras mulheres. O futuro é a sororidade e a união. Carregue esses valores e lições para que possamos ir ainda mais longe, pois juntas podemos nos tornar ainda mais fortes!
No mundo que vivemos hoje ”parece” mais seguro para as mulheres viver na sociedade com tantas leis e cameras por todo lado mas isso não é tudo.
Ao meu ver, os piores inimigos e destruidores das mulheres estão dentro da própria casa, que convivi com violência doméstica, pais cachaceiros, que presencia algo ruim dentro de suas residências, inclusive a companhia autorizada de dos amiguinhas que ficam convivendo nas escolas e dentro de casa e os pais deixam passar despercebidos sem saber quem são as supostas amigas.
Quando as encaminham para as drogas entram as bebidas alcoólicas e por vai… gravidez precoce, gerando consequentemente miséria e agressão física.
Os pais são os maiores responsáveis pela segurança de uma filha mulher e filho homem, e inerente a responsabilidade dos pais, fica a da própria mulher em si, de se impor contra as reações que inflijam sua segurança física, psicológica e emocional.
As mulheres só iram ter direito mesmo se a sociedade como toda vigiar os próprios defeitos e falhas e muitas não se vitimarem como andam acontecendo no dia a dia pois a responsabilidade do progresso de hoje se baseia na reivindicação e consciencialização e pratica do certo e não da vitimização delas.