O ex-deputado e ex-prefeito de Pato Branco, Augustinho Zucchi, foi aprovado para assumir a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Zucchi foi sabatinado pela Comissão Especial da Assembleia nesta segunda-feira (12). Agora, a Mesa Executiva da Assembleia será notificada para convocar uma sessão especial a fim de deliberar sobre o nome indicado para a vaga.
Os parlamentares membros do grupo seguiram o voto favorável do relator na Comissão, deputado Luiz Fernando Guerra (União Brasil). Zucchi foi indicado para o posto pelo governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), após a aposentadoria do ex-conselheiro Nestor Baptista.
Sabatina
Zucchi respondeu questionamentos sobre a cooperação entre o TCE e outros poderes estaduais, como a própria Assembleia Legislativa, e a relação do órgão com prefeituras e câmaras de vereadores.
Ele também foi perguntando sobre questões como a fiscalização dos pedágios no Paraná e o estreitamento das relações do Tribunal de Contas com os municípios.
Aprovado
Ao fim da sabatina, o deputado Luiz Fernando Guerra realizou a leitura do relatório, propondo a aprovação de Zucchi. “Somos favoráveis à aprovação do nome de Augustinho Zucchi para preencher o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná por conter notório conhecimento e preencher todos os requisitos exigidos pela Constituição Estadual para ocupar o posto”, disse o relator.
Comissão
A Comissão Especial foi formada pelos deputados Márcio Nunes (PSD), Márcio Pacheco (Republicanos), Tião Medeiros (PP), Luiz Fernando Guerra (União), além da deputada Mabel Canto (PSDB.
Rito
Zucchi afirmou que a sabatina é uma parte importante e legítima do processo de escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas. “É preciso cumprir o rito e discutir com os deputados. Sou fruto desta Casa e hoje pudemos fazer um bom diálogo. No Tribunal, queremos preservar as instituições democráticas e cuidar dos recursos públicos. Minha intenção é sempre contribuir. Agora, vou aguardar com serenidade a votação no plenário da Assembleia”, disse ele, após a aprovação do nome na Comissão.
Grampo divulgado por Moro vai render no bolso de Lulinha
A divulgação de diálogos entre Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente eleito, Lula, e da esposa dele, Renata de Abreu Moreira, com amigos e familiares, autorizada pelo ex-juiz Sergio Moro na época da Lava Jato vai custar R$ 60 mil aos cofres públicos.
A Justiça Federal determinou que a União pague esse valor como indenização por danos morais ao filho de Lula. Segundo relatório da juíza Ana Lucia Petri Betto, da 6ª Vara Cível Federal de São Paulo, a divulgação dos diálogos, determinada por Moro em 2016, foi ilícita, já que eles nada tinham a ver com as investigações.
Conversas
Em sua coluna na Folha de S.Paulo desta segunda-feira (12), a jornalista Mônica Bergamo revela que as “interceptações que atingiram o filho e a nora de Lula mostravam conversas familiares de Fábio com a mãe, Marisa, com o pai e com amigos como Kalil Bittar, que era irmão de Fábio Bittar, dono do sítio em Atibaia frequentado pela família do ex-presidente”.
Bergamo lembra que a lei determina que qualquer conversa colhida durante uma interceptação judicial deve ser descartada e eliminada caso nada tenha a ver com as investigações em curso.
Ainda segundo a coluna, “nas conversas divulgadas por determinação de Moro, Fábio falava com a mãe, por exemplo, sobre os panelaços que as pessoas faziam na cidade de São Paulo e em São Bernardo do Campo contra o PT”.