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Joan Jett: a explosão feminina do hard rock

08/03/2023
joan

Comemorando o Dia Internacional das Mulheres, esta coluna presta uma homenagem às mulheres do rock. Dentre tantas figuras femininas tão importantes, hoje temos a grande estrela do hard rock, do pré-punk, do peso feminino: Joan Jett. Seu segundo álbum após a saída das The Runaways é excelente. I Love Rock’N’Roll é um primor. Lançado em 18 de novembro de 1981, este álbum marca a estreia da cantora com sua nova banda, The Blackhearts. Vendeu mais de 10 milhões de cópias, tornando-se o mais vendido de toda sua carreira.

 

 

E a faixa-título, I Love Rock’N’Roll, já é a primeira do álbum. É uma canção da banda The Arrows, porém é mais um caso em que a versão ficou melhor que a original. E paramos por aqui. Nenhuma outra versão depois desta merece meu respeito. As guitarras de Joan e Ricky Byrd são estrondosas. Basta um acorde para você reconhecer a canção. É puro hard-punk-rock. O refrão é grudento e a voz de Joan é rasgada. Sem falar no backing vocal do baixista Gary Ryan.

 

 

(I’m Gonna) Run Away é hard setentista, com guitarra pesada e voz suave. A bateria de Lee Crystal dá todo o andamento da canção. É descompassada e pesada ao mesmo tempo.

 

Love Is Pain é puro The Clash. Joan já começa cantando sobre uma guitarra crua e um baixo linear. “We are not ashamed!”.

 

Nag é um hard saído dos anos 60. Com guitarras, coro e palmas no melhor estilo surf music, lembrando trabalhos iniciais dos Beach Boys.

 

Crimson And Clover é mais uma versão, agora de Tommy James And The Shondells. Com compasso mais lento e com Joan declamando a canção, é uma declaração de amor à moda hard-punk. E somente Joan Jett poderia fazê-la.

 

 

Victim Of Circumstance tem a voz rasgada e pesada de Joan e um coro feroz. A guitarra dá todo o andamento da canção, com a bateria sendo o destaque devido suas viradas. E mais coro e palmas. Considero a melhor faixa do álbum.

 

 

Bits And Pieces começa com palmas e uma bateria compassada, dando um andamento diferente à canção. O coro é espetacular: “I’m in pieces, bits and pieces!”. A guitarra é suja e crua. Punk!

 

Be Straight tem uma guitarra pesada e a voz de Joan se destacando. A bateria é simples e precisa. Espetacular.

 

You’re Too Possessive é hard, com bateria lembrando Keith Moon (The Who). A voz e o coro se encaixam perfeitamente. Um prazer escutar esta canção.

 

Little Drummer Boy encerra o álbum. E é um primor. A voz desafinada de Joan é maravilhosa. A guitarra dá o andamento da canção e a bateria é marcial. E a letra é uma oração cristã, falando do menino Jesus. Um rock cristão da melhor qualidade.

 

 

Este é um álbum que deve ser curtido muitas e muitas vezes. Joan Jett entende de rock. As mulheres entendem de rock. Do bom e velho rock’n’roll.

 

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