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Motörhead: a mistura de punk, hardcore e heavy metal que agrada todas as tribos

05/04/2023
vidal

Motörhead para começar o mês de abril. A visceral banda do majestoso deus do heavy metal, Lemmy Kilmister. Ace Of Spades, lançado em 8 de novembro de 1980, com produção de Vic Maile, é considerado por muitos críticos e fãs, o melhor álbum da banda. Com a formação clássica de trio, Lemmy no baixo e nos vocais, “Fast” Eddie Clarke nas guitarras e backing vocals e Phil “Animal” Taylor na bateria, este álbum marcou a carreira da banda.

 

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O álbum começa com a faixa título, Ace Of Spades, mostrando aos anos 1980 o que é um bom “speed metal”, com uma bateria veloz e certeira, guitarra estonteante e linha de baixo fabulosa. E os vocais dispensam comentários. É Lemmy cantando. Berrando. Vociferando. Um dos maiores sucessos da banda.

 

 

Love Me Like A Reptile segue a linha “speed”. Com guitarra mais ritmada, a canção é fabulosa. O crossover entre o heavy e o hardcore começa aqui. A bateria é pesada demais.

 

Shoot You In The Back mostra a característica principal da banda. O som sujo e cru. Apostando em pedais, a guitarra sola muito. Uma das melhores do álbum.

 

 

Live To Win começa com um baixo meio devagar, mas a guitarra já coloca tudo no seu devido lugar. Porrada pura. Peso infernal. Sensacional.

 

Fast And Loose já começa com um riff de guitarra de enlouquecer. Lemmy destrói tudo quando começa a cantar. O solo de Clarke é extraordinário.

 

(We Are) The Road Crew é uma homenagem a todos os roadies da banda. Lemmy vocifera uma letra formidável: “Another beer is what I need, another gig my ears bleed, we are the road crew.” Mais solos de guitarra espetaculares.

 

Fire, Fire é outro “speed metal”. Guitarra bem rápida e perfeita. O baixo também é veloz. E a bateria carrega nas costas toda a canção.

 

Jailbait também começa com um riff de guitarra. Mas aqui a bateria é muito mais pesada. E Lemmy canta com mais fúria. A letra trata daquelas meninas que são menores de idade, mas já “conhecem” algo da vida. Só o Motörhead para fazer uma canção sobre isso.

 

Dance chega quebrando tudo. Guitarra solando desde o começo, com o baixo mandando e a bateria destruidora.

 

Bite The Bullet é curta, menos de dois minutos. Bateria enlouquecida e o baixo bem pesado. A guitarra é “speed” mesmo. Ótima canção. Heavy-punk de primeira qualidade.

 

The Chase Is Better Than The Catch já vem na sequência, com a guitarra se apoderando da canção. Bateria hard rock, com vocais mais lentos. E o baixo comandando tudo. Extraordinária. Solos magníficos.

 

 

The Hammer encerra o álbum. Já começa com aquela guitarra rápida, acompanhada pela bateria estarrecedora de Phil. Não é a toa que seu apelido é Animal. Uma canção maravilhosa, que exprime toda importância dessa banda no que diz respeito ao crossover entre punk-hardcore-heavy metal.

 

Muitos álbuns depois. Muitas formações depois, todas lideradas por Lemmy, e a banda acabou em 28 de dezembro de 2015 com a sua morte. Vai-se o mito, fica-se a obra. Uma obra espetacular. Uma obra para o rock. Para o bom e velho rock’n’roll.

 

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