A banda Pink Floyd é uma das mais conhecidas no mundo. Não só pelas brigas entre Roger Waters e David Gilmour, mas também pelo seu primor em gravar álbuns antológicos. Um deles é The Dark Side of The Moon, oitavo da discografia da banda, lançado em 1º de março de 1973, completando cinquenta anos neste ano de 2023. Já vendeu mais de cinquenta milhões de cópias e ficou 777 semanas ininterruptas – de 1973 a 1988 – na parada da Billboard 200.
Com algumas mudanças na Billboard em 2009, ficou mais 900 semanas nas paradas. É um clássico atemporal. A produção do álbum é da própria banda. A capa, uma das mais famosas do rock, foi criada pelo designer inglês Storm Thorgerson. Muitos fãs repararam que, quando tocado simultaneamente com o filme “O Mágico de Oz” (The Wizard of Oz), de 1939, ocorriam algumas curiosidades entre o disco e o filme, em relação as músicas e as cenas. Fica aí a lenda e a discussão com a nossa colunista Patrícia Lourenço.
Speak to Me é a primeira do álbum. Esta faixa de introdução apresenta uma colagem de sons e vozes que são retirados das outras músicas do álbum. É como uma introdução ao tema central do álbum, que é a vida moderna e suas complexidades.
Breathe vem na sequência. Esta canção começa com uma introdução suave e tranquilizante, com uma letra que fala sobre relaxar e respirar profundamente. A segunda metade da música tem uma energia mais intensa, com guitarras elétricas e uma seção rítmica forte.
On The Run é outra música instrumental com sintetizadores que retrata a sensação de estar em fuga, com efeitos sonoros que simbolizam o movimento rápido.
Time é uma das músicas mais famosas do álbum, com um solo de guitarra emocionante de David Gilmour. A letra fala sobre a passagem do tempo e a forma como a vida pode parecer fugaz e passageira.
The Great Gig in the Sky é uma canção com vocais poderosos de Clare Torry, que falam sobre a morte e a vida após a morte. A letra e a música são intensas e emocionais. “E eu não tenho medo de morrer. Qualquer hora serve, eu não me importo. Por que eu deveria ter medo de morrer? Não há razão para isso, você tem que ir algum dia.”
Money tem um groove funky e um solo de baixo marcante. A letra fala sobre a forma como o dinheiro governa o mundo e pode corromper as pessoas. Uma das mais famosas do álbum e da banda.
Us and Them é maravilhosa. Tem uma melodia suave e uma letra sobre a guerra e a divisão entre as pessoas. A música tem uma mensagem de esperança e união.
Any Colour You Like é outra instrumental, com um groove cativante e solos de guitarra e teclado impressionantes. Uma pérola.
Brain Damage fala sobre a loucura e a forma como a sociedade lida com a saúde mental. A letra é poética e reflexiva. “E se a represa romper-se muito antes do tempo. E se não houver nenhum espaço em cima da colina. E se sua cabeça também explodir com maus pressentimentos. Te vejo no lado escuro da Lua.”
Eclipse é a última faixa do álbum, que fala sobre a vida e a morte, e como todos nós estamos ligados como seres humanos. A música tem um clima emotivo e uma mensagem de esperança. A guitarra de David Gilmour, o baixo de Roger Waters, o teclado de Richard Wright (já falecido) e a bateria de Nick Mason construíram essa obra prima do rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.
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Não existe em música nada de melhor. Sou fã desde setembro de 1974 👍
A Banda que praticamente me fez interessar/gostar do Rock – principalmente ao rock progressivo, com suas longas suítes, riffs de guitarra.
Depois vieram Marillion, Black Sabath e mesmo o Rock “protesto” pelas Letras inteligentes e políticas de Bob Dylan, The Police (Sting), e mais recente Iron Maiden. A chamada Musica Erudita também, essencial.Não dá pra viver sem música.