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Led Zeppelin: a invenção do hard rock

17/05/2023

O cerne do hard rock e do heavy metal se deu na década de 1970. Surgiram muitas bandas, influenciadas pelo blues e pelo soul dos anos 50 e 60. Uma delas, que formou com Black Sabbath e Deep Purple a tríade do hard rock, é o Led Zeppelin. Na primeira resenha dessa coluna, falei do Led Zeppelin. Era do álbum Led Zeppelin IV. Mas poderia falar de todos os discos lançados pela banda. Todos são fantásticos. Formada por Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham, rapazes ingleses vindo de outras bandas menores. Em 22 de outubro de 1969 lançaram o álbum que seria considerado por muitos o início do heavy metal. Led Zeppelin II, produzido pelo próprio Jimmy Page, é uma obra prima do rock pesado.

 

vidal

 

O início com Whole Lotta Love é arrasador. Entendo como surgiu o heavy metal. A guitarra de Page é brutalidade pura. Isso em 1969. Quem conseguiria? Apenas ele. A voz de Plant é inconfundível. Chega a notas altíssimas. A bateria de Bonham é extraordinária. E a linha de baixo de Jones é maravilhosa. Sua melodia é inconfundível.

 

 

Em seguida, What Is And What Should Never Be. Melódica e descompassada. Sussurrada e gritada por Plant, é uma canção para curtir com aquele Bourbon no balcão do bar.

 

The Lemon Song parece a continuação da anterior, devido ao andamento da bateria. Mas não é. A voz aguda de Plant entoando esse blues é algo de sensacional. A guitarra de Page mostra como se deve solar. A bateria acelerada no solo de guitarra é mortal. O baixo dá o tom da canção. Mais uma para se pedir um Bourbon.

 

 

Thank You é a prece do álbum. A voz crescente de Plant é um caso à parte. A melodia é apaixonante. Nós que devemos agradecer.

 

Heartbreaker é pesada e tem a guitarra comandando a melodia. Um pouco mais de quatro minutos de peso, psicodelia e um solo arrasador de Page. Seu andamento acelera e a guitarra continua comandando. É a essência do heavy metal. E lembrem-se: era em 1969.

 

Living Loving Maid (She’s Just A Woman) é o êxtase da guitarra de Page. O vocal é agudo. Mas o andamento é da bateria e do baixo. Os Johns se superam. Mostram como deve ser.

 

Ramble On tem violões. Violões pesados e claros. Aparece a voz de Plant declamando essa poesia sonora. Outra aula de peso e melodia.

 

Moby Dick é a melhor do álbum. Sem vocal, é o ponto de ebulição do hard rock. Sua bateria é monumental. A guitarra seguindo-a no início é maravilhosa. Ninguém fez ou fará um solo de bateria como esse. Só John Bonham conseguia. Só ele.

 

 

Bring It On Home e sua harmônica no início já revela todas as influências da banda. O baixo comanda. A voz de Plant é mais grave nos dois primeiros minutos de música. Com a entrada da guitarra, muda para tons mais agudos, sem perder a pegada blues hard. Um heavy blues, eu diria. É o fim espetacular do álbum. Um álbum atemporal. Um álbum que, eu arriscaria dizer, é uma aula de rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.

 

Leia outras colunas do Marcus Vidal aqui.

5 comentários em “Led Zeppelin: a invenção do hard rock”

  1. Feliciano Inacio da Silva

    Falar do Led Zeppelin é chover no molhado, a maior, a melhor a mais inventiva banda de Rock de todos os tempos. Quando conheci e comprei meu primeiro LP do Zeppelin, ainda adolescente, foi paixão arrasadora. Tenho hoje 69 anos e continuo curtindo Led Zeppelin, os toques do meu telefone são Led Zeppelin.

  2. Realmente Fausto! Perfeito comentário e análise! Banda fantástica, um dos estilos que mais gosto. Conheço todas as músicas deles. Muito criativos , se inspiraram nos blues dos ano 40 suponho!

  3. Desde da minha adolescência eu curto o Led Zeppelin, com 14 anos de idade, 1974. Uma da melhores bandas que já ví !

  4. Arrasou nas palavras ao examinar esta fantastica obra prima do Led!!!
    Varei a madrugada colocando videos dos shows de 1970 a 75 com umas boas doses de vodka e alguns cigarros! nao consigo parar de repetir!

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