Por Jaine Vergopolem
Na manhã desta sexta-feira (19), aconteceu a posse conjunta popular dos novos gestores regionais do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Leila Aubrift Klenk, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Valmor Luiz Bordin, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Nilton Bezerra Guedes.
A cerimônia de posse aconteceu no auditório do bloco didático do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Movimentos populares e parlamentares progressistas estavam presentes no empossamento dos dirigentes estaduais, momento de união e reconstrução das políticas rurais do estado.
Os órgãos federais atuam na execução das políticas de desenvolvimento rural sustentável, da reforma e desenvolvimento agrário e na segurança alimentar para a regularidade do abastecimento e formação de renda dos trabalhadores do campo.
Uma posse coletiva e estratégica
Elizandro Krajczyk, coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Paraná (Fetraf-Paraná), expressa a importância da posse para a classe a qual representa e a população em geral. “Essa posse coletiva de três setores estratégicos para o fortalecimento e desenvolvimento da agricultura familiar, vai garantir o acesso à terra pelo Incra, a produção e a diversidade para a agricultura familiar e camponesa, que tem a capacidade de produzir, através da gestão do MDA, e através da Conab, vem o compromisso de distribuir e fazer com que esse alimento chegue na mesa das pessoas que precisam”, fala Elizandro.
Segundo a Diretora de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamento, Maria Rosilene Bezerra Rodrigues, “apesar de estarmos em tempos de recomposição de orçamento, hoje operamos com 5% do que já foi o orçamento do Incra, mas em breve teremos a retomada da reforma agrária e a volta de orçamento”, diz ela.
“Faremos um trabalho ostensivo para emitir títulos a esses agricultores e que teremos grandes agendas pela frente. Vamos buscar assentar as famílias acampadas, algumas há mais de uma década, com qualidade e projetos voltados para a Agroecologia”, fala Nilton Bezerra Guedes, que assumiu como Superintendente Regional do INCRA no Paraná.
Políticas públicas e inclusão social
Valmor Luiz Bordin, que assumiu a Superintendência Regional do Paraná, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fala que “vários segmentos fazem menção à necessidade de buscar os meios e formas de atender e solucionar o problema da fome, e para fazer frente a essa missão, temos a volta e a recriação do MDA. Já instituídas as políticas de estímulo à produção de alimentos da escola, o programa da questão da alimentação PAA ampliado e a decisão de que é necessário voltar à formação dos estoques públicos de produtos, ou seja, os estoques reguladores – que a Conab se responsabiliza”, diz Bordin.
Ele ainda fala que diante da necessidade urgente dos pequenos agricultores, vão desdobrar atenção especial às políticas de inclusão social. também afirma que tem plena consciência do trabalho que terão pela frente, mas, que vai encarar esse desafio, em bem atender a sociedade brasileira e, em especial, aos pequenos agricultores.
Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fala que a inflação dos últimos 4 anos foi 30%, mas que a inflação dos alimentos foi de 57%, porque a Conab – responsável por garantir a soberania alimentar e nutricional para quem precisar – fazia essa regulação para estabelecer preço mínimo compensador para homens e mulheres do campo.
Leila Aubrift Klenk, que assume a Coordenação do Escritório Estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Paraná, sendo uma das três mulheres com cargo de coordenadora estadual do órgão em todo o Brasil. Klenk ressaltou a importância da volta do MDA, extinto em 2016 e retomado neste ano, para o combate à fome no Brasil e a superação da pobreza no campo.
“Precisamos garantir os direitos do povo do campo. Temos a clareza que a alimentação do povo vem e virá, cada dia mais, das mãos camponesas, das mãos da agricultura familiar”, ressaltou Klenk.
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