O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira (9), que a vaga do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) será preenchida por seu suplente, o economista Luiz Carlos Hauly (Podemos). Ele teve 11 mil votos em 2022. O paranaense de 72 anos é um político experiente: foi deputado federal por sete mandatos consecutivos, de 1991 a 2019. Diferentemente do ex-procurador da Lava Jato, Hauly deve focar o mandato no campo econômico. Ele é autor de uma proposta de criação de um imposto simplificado, chamado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na reforma tributária em discussão no Congresso.
Hauly atuou como secretário estadual da Fazenda do Paraná por duas vezes, nas gestões de Alvaro Dias (de 1987 a 1990) e de Beto Richa (de 2011 a 2013). Também foi prefeito da cidade natal dele, Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, de 1983 a 1987. Caçula de oito irmãos, Hauly foi eleito vereador aos 22 anos. Além do Podemos, o paranaense já foi filiado ao MDB, PP e PSDB.
Hauly se formou em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), em 1974, e em Economia pela mesma instituição, em 1982. Na Câmara, teve atuação centrada na área econômica, mais especificamente da legislação tributária. Participou da comissão da Lei do SuperSimples e foi relator da Lei do MEI. Ele trabalha como consultor tributário e é professor do curso online de pós-graduação em Direito Tributário da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
O político se intitula o idealizador da PEC 110/2019, uma das propostas de reforma tributária apresentadas ao Congresso. A proposta visa a criação do IBS, uma taxa simplificada de cobrança. No relatório da reforma tributária elaborado pelo grupo de trabalho da Câmara, divulgado na última terça-feira, 6, o IBS substituiria cinco tributos sobre o consumo (PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS).
(Estadão Conteúdo)
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