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#AjaAgora: Agenda 2030 da ONU está em risco

09/08/2023
agenda

O ano de 2015 ficou marcado pela assinatura do Acordo de Paris, documento com o qual os estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometeram a reverter o processo de aquecimento global, evitando que a temperatura terrestre suba acima de 1,5 graus Celsius em relação à era pré-industrial.

 

Também foi o ano em que foram estabelecidos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), outra proposição da ONU. Trata-se de um conjunto de metas para acabar com a fome, a pobreza, oferecer saúde e educação de qualidade em todo o mundo e proteger o ambiente em que vivemos.

 

Resumidamente, esta é a Agenda 2030, ano em que deveriam ser alcançados resultados concretos para tornar o mundo um lugar melhor para todos. Mas, decorrida mais da metade do prazo estabelecido, a situação não evoluiu como o imaginado.

 

A mudança climática provoca desastres naturais cada vez mais severos, enquanto os objetivos sustentáveis estão distantes para a grande maioria dos países. Em muitas regiões o desenvolvimento esperado estagnou ou retrocedeu. A pandemia e a guerra da Rússia contra a Ucrânia pagam um pedaço da conta, mas a situação não vai bem pela falta de engajamento das comunidades e governos.

 

Para sensibilizar o mundo em relação à importância dos ODS, a ONU apela para uma campanha publicitária global, com o slogan #ajaagora. A iniciativa antecede a Cúpula sobre os ODS marcada para setembro.

 

Regeneração europeia (I)

Em votação apertada, o Parlamento Europeu aprovou uma lei que obriga os países membros a regenerar ao menos 20% de áreas degradadas até 2030, na terra e no mar. Foram 336 votos a favor, 300 contrários e 13 abstenções. Venceu a tese de que a restauração de ecossistemas é fundamental para combater as mudanças climáticas, desacelerar a perda de biodiversidade e reduzir os riscos para a segurança alimentar.

 

Regeneração europeia (II)

A medida aprovada pelos eurodeputados não impõe a criação de novas áreas de preservação e nem impede a instalação de novas infraestruturas de energias renováveis. Para entrar em vigor, a legislação depende de informações da Comissão Europeia sobre impactos na segurança alimentar da população da Europa e de informações mais precisas sobre que áreas devem ser regeneradas.

 

Postos elétricos (I)

O Conselho Europeu criou uma regulamentação para a instalação de postos de abastecimento de combustíveis alternativos nas rodovias dos países que formam o bloco. Entre 2025 e 2030, as estações devem estar aptas para abastecer veículos que não utilizam derivados de fontes fósseis. Em dois anos, devem ser instaladas estações de carregamento rápido de, pelo menos, 150 kW para automóveis, veículos comerciais leves e pesados a cada 60 quilômetros ao longo da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T).

 

Postos elétricos (II)

Nas estradas secundárias, o prazo de instalação vai até 2030, com estações a cada 100 quilômetros. Além da rede para abastecer veículos elétricos, a Europa também decidiu que os países devem ter infraestrutura para abastecimento de hidrogênio nas principais rodovias. Neste caso, deve haver um ponto a cada 200 quilômetros até 2030. Portos e aeroportos também deverão contar com estrutura para fornecer combustível alternativo para navios e aviões até o final desta década.

 

Empresas do futuro

“Na próxima década, teremos dois tipos de companhias: as que ativamente buscam atuar para uma economia sustentável, e aquelas que deixarão de existir”. A consideração foi escrita por Rubio Marçal, executivo da Ingenico, empresa especializada em soluções de pagamento eletrônico, em artigo publicado no site TIInside.

 

Cúpula amazônica (I)

A festejada Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, decepcionou muitos ambientalistas e agradou outros tantos. A carta assinada pelos países participantes recebeu críticas de ONGs e instituições que tratam de questões ambientais e do clima pela falta de metas e objetivos concretos em relação ao combate ao desmatamento e à exploração de petróleo. No rol de organizações que desaprovam o documento estão, entre outras, o Greenpeace e o Observatório do Clima.

 

Cúpula amazônica (II)

Na lista dos que têm visão mais positiva, mesmo com ressalvas, aparecem WWF-Brasil, World Resources Institute (WRI) e a Conservação Internacional. Este grupo elogia o reconhecimento dos países amazônicos de que a região está chegando a “um ponto de não retorno” em relação ao desmate, e destaca iniciativas para a proteção de grupos indígenas e combate ao garimpo ilegal.

 

JBS Verde

A brasileira JBS foi premiada pela Exame por um programa de auxílio técnico e jurídico a pecuaristas que precisam regularizar passivos ambientais para continuar fornecendo gado de corte. A empresa, que é a maior produtora de carnes do mundo, informa que regularizou quase cinco mil fazendas no Brasil em dois anos com o apoio dos seus Escritórios Verdes. A ação faz parte da estratégia ESG da companhia, que tem 18 escritórios em funcionamento e promete abrir mais três unidades até o final deste ano nas principais regiões pecuárias do País.

(Foto: Tim Mossholder/Unsplash)

 

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